“Enquanto você lê este livro, a cada duas horas uma mulher é assassinada.” É assim que a historiadora Mary del Priore começa “Sobreviventes e guerreiras”, livro lançado pela Planeta.
Um estudo obra para se entender o porquê de, até hoje, ser fundamental discutir e, principalmente, lutar pela igualdade de direitos para o gênero feminino.
Apesar de o Brasil já até ter tido uma mulher como presidente da República e de 45% dos lares serem comandados por mulheres (segundo pesquisa do IPEA de 2018), a brasileira continua sendo agredida, desqualificada, perseguida, insultada. Vivemos uma época de transição onde o patriarcado e o machismo, raízes desses séculos de desigualdade, são combatidos pelo feminismo e pela cultura contemporânea.
Este livro traz um ineditismo ao focar nessas vozes, apresentando a história da mulher brasileira 1500 a 2000. Das indígenas que os portugueses encontraram por aqui às afrodescendentes; daquelas que pegaram na enxada e viveram nos campos e cafezais às que trabalhavam na casa-grande como escravas, empregadas e amas de leite; de Cláudia Lessin Rodrigues e Aída Curi à Daniella Perez e Marielle Franco; das feministas às homossexuais e integrantes do movimento LGBTQI+.