Em tempos de amores líquidos, é fácil se separar. Difícil é se desligar, de verdade, da ex — e talvez futura de novo, quem sabe? — cara-metade. Com essa premissa, Fabrício Carpinejar endereça as 58 crônicas de Para onde vai o amor? ao leitor desiludido não pelo fim do casamento, do namoro ou da paixão, mas sim pela incapacidade de enterrar, de vez, o sentimento que ainda resiste, engasgado. Como o próprio autor define, trata-se de “um conto de fados”. Um inventário das idiossincrasias do amor contemporâneo, onde, transformados em espécies de terroristas íntimos, “nos separamos primeiro para depois discutir”.
“Procuro reproduzir todas as etapas de uma separação fracassada: a raiva, a ingratidão, o foda-se, a angústia, a esperança. Meu par de protagonistas (eu e a minha ex e possível atual) é um casal zumbi, confinado à imortalidade dos laços. Explode o mundo, faz barraco, destrói os laços com amigos e familiares, mas permanece cada vez mais apaixonado. Não existe amor eterno, o que existe é amor teimoso. A insistência é para raros e corajosos”, afirma o autor.
O autor é poeta, cronista, jornalista e professor. Autor de 27 livros, já recebeu alguns dos principais prêmios literários do país, como Jabuti, APCA e Olavo Bilac. É apresentador da TV Gazeta, da TVCOM e da RBSTV, comentarista da Rádio Gaúcha e colunista dos jornais O Globo e Zero Hora e das revistas Pais & Filhos e Isto É Gente. É também um raro exemplo de autor reconhecido por crítica e público: suas obras já venderam mais de 100 mil exemplares.
Para onde vai o amor é seu 16º título publicado pela Bertrand Brasil.
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