A escritora, editora e revisora Sumaya Lima estreia na ficção com o livro As sementes que o fogo germina (Mondru Editora), uma coletânea de narrativas intensas e profundamente humanas que exploram o peso do desamparo e as camadas da criação. A autora estará na Livraria Sentimento do Mundo (Rua Barão de Tatuí, 496), em São Paulo, para o lançamento da obra no dia 30 de novembro, às 11h, com uma sessão de autógrafos aberta ao público.
Com histórias que oscilam entre a ironia e o lirismo, Sumaya dá voz a personagens que enfrentam as contradições da existência. A coletânea de contos reúne situações desconcertantes: um menino busca nos elementos da natureza a cura para sua incapacidade de falar; um avô, em seus momentos finais, revive memórias sensoriais da neta; e uma matriarca não inicia sua festa de aniversário sem antes apagar as velas, entre outras tramas. Mais do que narrar eventos, a obra questiona como o peso das frustrações e das emoções destrutivas pode alimentar a criação, sem jamais oferecer respostas definitivas.
Segundo a autora, o livro nasceu de sua paixão por histórias que privilegiam os silêncios e subtextos. “Minha escrita busca aquilo que está nas entrelinhas, o que a linguagem do corpo e o silêncio dizem antes que as palavras consigam alcançar”, explica.
Sobre a autora
Sumaya Lima nasceu em 1978, na Zona Leste de São Paulo, e construiu uma trajetória marcada pelo cuidado com a palavra. Editora, preparadora de originais e revisora, já colaborou com projetos como o livro ilustrado Kimberly Kamikaze, do artista Omar Rosário, e foi contemplada pelo edital Arte como Respiro, do Itaú Cultural, na categoria Poesia. Além disso, textos seus já foram publicados na série independente Crap Noir, com fotografias de Giovana Pasquini.
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