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50 anos de Satisfaction, conheça as curiosidades da música que catapultou os Rolling Stones

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“(I Can’t Get No) Satisfaction” foi a música que catapultou os Rolling Stones para o posto mais alto do rock nos anos 60 ao lado dos Beatles, deflagrando assim o que viria a ser chamado de british invasion, quando uma leva de bandas britânicas literalmente invadiram o lado de cá do atlântico dominando as paradas de sucesso. O single foi lançado em 6 de junho de 1965, tornou-se não só um sucesso instantâneo (foi primeiro lugar nos EUA e Reino Unido), como pode ser considerada o “hino nacional do rock n’ roll”.

Aproveitando o ensejo dos 50 anos do lançamento do single, reunimos aqui algumas curiosidades sobre a música

O famoso riff da música surgiu para Keith Richards no meio de uma noite de sono após um show da primeira turnê americana dos Rolling Stones. Ele acordou, gravou o riff que não saía de sua cabeça em um gravador portátil no quarto do hotel em que estava hospedado e voltou para dormir. No dia seguinte ligou o gravador, se deparou com o riff e se surpreendeu. Daí apresentou ao resto da banda

Como achou o riff de guitarra muito semelhante a Dancing In The Streets de Martha & The Vandellas, Richards ficou preocupado, mas nunca houve reivindicação de plágio. E 1986 Mick Jagger e David Bowie fizeram uma versão de Dancing in the Streets.

A música foi gravada em 12 de maio de 1965 e lançada primeiro nos EUA, em 6 de junho. Só em 20 de agosto foi lançada no Reino Unido. A música entrou na versão americana do disco Out of Our Heads, enquanto na terra natal foi lançada apenas como single. Uma música ser lançada em single e em álbum era considerado exploração pelos ingleses.

Em 1968 Mick Jagger disse: “soava como um folk quando começamos a trabalhar em cima dela e Keith não estava gostando do resultado, ele não queria que fosse single, pois não achava que teria êxito. Eu acho que Keith achava um pouco básico. Eu não acho que ele realmente ouviu apropriadamente. Ele estava muito próximo àquilo e achou simplesmente que era um riff bobo.

Richards gravou a guitarra com uma Gibson Fuzz Box, para dar os efeitos de distorção. A princípio ele não aproveitaria a gravação, mas a banda achou que valeu a pena pois era uma sonoridade fora do usual para uma música de rock

A frase I can’t get no satisfaction na verdade estaria gramaticamente errada. Em inglês, a negativa dupla geraria uma afirmativa positiva

Mick Jagger escreveu quase toda a letra, exceto pelo “I Can’t get no Satisfaction”, de autoria de Keith Richards. A música refletia o que Jagger considerava os dois lados da América: o real e o falso. É uma música sobre um homem buscando autenticidade, mas sem conseguir muito êxito.

Há uma música de Chuck Berry chamada Thirty Days que a letra diz “I can’t get no satisfaction from the judge”. Keith Richards sempre foi um grande fã de Berry, provavelmente foi daí que ele tirou o refrão e nome para a música

Quando os Stones apresentaram a música pela primeira vez na TV, no Ed Sullivan Show em 1966, os censores “bleeparam” a frase “Trying to make some girl” (tentando pegar uma garota).

Na mixagem stereo, os instrumentos elétricos estão em um canal e os acústicos em outro.

Ottis Redding gravou uma versão da música pela Stax Records em 1966. Ele sequer tinha ouvido a música e quando ouviu não gostou. Daí resolveu gravar com metais e mudou parte da letra. Usar metais era a ideia original de Keith Richards, e ele elogiou a versão de Redding.

Keith Richards diz que nunca toca a música ao vivo do mesmo jeito mais de uma vez.

Jack Nitzsche trabalhou com os Stones na canção, tocando o piano e ajudando na produção. Ele também tocou pandeiro, pois achou que as tentativas de Mick Jagger no instrumento careciam de alma. Nitzsche, que morreu em 2000 aos 63 anos, também colaborou em “Get Off Of My Cloud” e “Paint It Black”.

O take definitivo de Satisfaction foi gravado apenas cinco dias depois de Keith Richards ter a ideia da música. Três semanas depois foi lançado como single nos Estados Unidos, se tornando um grande hit e impulsionando o sucesso da turnê americana da banda.

Mick Jagger (1995):… “As pessoas ficam muito blasé com o seu grande sucesso. Foi a canção que realmente fez os Rolling Stones, mudou-nos de apenas mais uma banda em uma enorme, monstruosa banda. Você sempre precisa de uma canção. Nós não éramos americanos, e a América foi uma coisa grande e nós sempre quisemos conseguir sucesso lá. Foi muito impressionante a maneira como música e a popularidade da banda se tornaram uma coisa mundial. É uma canção autoral, realmente, ao invés de um grande, pintura clássica , porque é apenas como uma coisa – uma espécie de assinatura que todo mundo conhece.Tem um título muito cativante. Tem um riff de guitarra muito cativante ele tem um ótimo som de guitarra, que foi original na época e ele capta o… espírito daquela época, o que é muito importante nesses tipos de canções… que era alienação. Ou é um pouco mais do que isso, talvez, mas uma espécie de alienação sexual. alienação não é bem a palavra certa, mas é uma palavra que serviria. “

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