Primeiro, Sir Paul McCartney, agora, o midas dos musicais Andrew Lloyd Webber engrossa o time para salvação do lendário estúdio londrino de Abbey Road do qual a EMI, sua proprietária, irá se desfazer. Há muito tempo o estúdio tem dado mais despesa do que arrecadação e a gravadora já o via como um verdadeiro elefante branco, falou-se até em demolição, afinal, com o avanço da tecnologia nessa área já é possivel gravar em casa um disco de alta qualidade, e com o declínio sem fim das vendas de cds, as gravadoras como a EMI precisam cortar o máximo de gastos possível .
Ocorre que o endereço famoso por ter abrigado a gravação de clássicos da música pop como The Dark Side of the Moon do Pink Floyd e imortalizado pelos Beatles na capa do disco que leva o nome da rua, faz parte do patrimônio histórico musical e deveria ter um fim mais digno, como virar um museu, por exemplo, história ali não falta. O anúncio do interesse de Webber pelo estúdio veio logo depois de Paul declarar intenções em comprar o prédio, uma mansão vitoriana localizada em St John’s Wood, subúrbio de Londres.
Tanto Paul quanto Webber têm dinheiro de sobra para cobrir a oferta que é de 40 milhões de libras. É mais do que compreensivo o carinho de ambos pelo estúdio, pois ali Webber gravou seus clássicos ouvidos nos quatro cantos do mundo como Jesus Cristo Superstar e O Fantasma da Ópera. Já Paul revolucionou junto com seus companheiros o conceito de disco com Sgt Pepper, gravado entre aquelas paredes. Como não é permitida a visitação ao estúdio, milhares de beatlemaníacos todos os anos circulam por ali, tirando fotos atravessando na faixa de pedestres reproduzindo a capa do álbum que tornou a rua famosa
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