Pode ser que você não goste do som do AC/DC, mas é praticamente impossível que você não ligue a figura daquele guitarrista vestido de colegial e que não para de balançar a cabeça com o som pesado da banda. Sim, ele, Angus Young.
Angus Young é uma figura icônica no rock e sua jornada ganhou um registro literário. High Voltage (Ed. BestSeller), escrito pelo biógrafo Jeff Apter — também responsável por livros sobre Keith Urban, Jeff Buckley e Bee Gees — é um mergulho na obra e na carreira de Angus e do AC/DC.
Boas histórias de bastidores e gravações
O livro é uma boa leitura, especialmente nessa época de isolamento. Esse que vos escreve já leu 18 livros desde o início do isolamento social e pode garantir que esse é um dos que classifica como bons.
São deliciosas e curiosas histórias de bastidores de shows e gravações de discos. Há fatos interessantes para todo o tipo de fã. Até a passagem do AC/DC pelo primeiro Rock in Rio (em 1985) ganha um registro.
Até mesmo a participação de Axl Rose como frontman da banda — em substituição ao vocalista Brian Johnson, responsável pelo posto desde 1980 — em alguns shows a partir de 2016.
O livro, que foi lançado este ano no Brasil — lá fora foi lançado em 2018 —, alcança até mesmo a saída da banda e morte de Malcolm Young, em 2017.
High Voltage mostra um retrato até bastante comportado do inglês criado na Austrália e que acabou saindo da periferia de Sydney para conquistar fãs em todo o mundo. O livro mostra as bandas anteriores e as peripécias de Angus, assim como vários momentos pré-fama do AC/DC.
Pra muitos vai ser uma surpresa a descoberta da origem do nome da banda e seu significado (mesmo que involuntário). Esse é um dos muitos detalhes que fazem High Voltage uma ótima leitura.
Aproveite as quase 300 páginas e boa leitura.
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