Pensar o hoje conectado às origens. Resistência, embates, enfrentamentos sociais, ancestralidade e celebração preta compõem a reflexão proposta por “Notáveis”, primeiro álbum da carreira do multiartista Chicco Marola.
– “Notáveis” é uma espécie de bolsa de mandinga que carrega uma análise ancestral de um Brasil caótico, miscigenado, plural, aculturado de cenário próprio, pobre em sua base, preto e feminino em sua maioria – explica o multiartista.
Transitando pelo Soul, Samba Reggae, Funk Carioca e Afrobeat, o álbum é o sonho de conexão musical, social e ancestral de Chicco, que, de forma abstrata, pensa num laço de amarração, um encaixe entre a África e o Brasil, unindo, com tambores, guitarras e experimentos sonoros, o que se separou durante a Pangeia e a escravidão. A direção e a mixagem são de Jimmy Reuter, membro-fundador do Urucum, grupo que acompanha Chicco em todas as faixas, além de participações de Curumin (em “De Pouco em Pouco”), Thiago França (em “De Marola”) e Esdras Nogueira (em “Fake News”), músico que também assina os arranjos metais.
– Esse cordão umbilical ainda nos une! Os tambores não se calaram! Os orixás estão vivos e reinam – ressalta e exalta Chicco.
Múltiplas conexões
Chicco Marola é cantor, compositor, percussionista, artista plástico e produtor. A sua obra tem como conceito a união do gênero Pop com a Música Regional Brasileira, experimentando também beats sintéticos produzidos por grandes DJs.
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