Cinco perguntas para Jimmy London

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Jimmy London, após o fim do Matanza, em 2018, criou seu atual projeto: o Matanza Ritual. Trata-se de um team up com nomes de grande relevância no metal nacional: Antonio Araujo (Korzus) na guitarra, Felipe Andreoli (Angra) no baixo e Amilcar Christófaro (Torture Squad) na bateria.

Em conversa com a Revista Ambrosia por email, Jimmy fala sobre a banda, que executa os sucessos de sua antiga, o fim do Matanza e o atual momento político, traduzido na música ‘Sujeito Amargo’.

Revista Ambrosia: Sobre a música nova Sujeito Amargo? Tem a ver com o nosso momento político?

Jimmy London: Acho que o momento político representa o ápice (espero) da existência de sujeitos amargos no nosso mundo. Pessoas que preferem inviabilizar uma discussão do que tentar melhorar esse planeta, que é uma aeronave que cruza o infinito abismal a milhares de quilômetros por hora e sem a qual não temos chance de sobreviver.

A extinção da humanidade vem sendo adiantada por essa falta de capacidade de articulação, causada por pessoas que simplesmente parecem ter nascido de mal com a vida.

Ambrosia: O projeto Matanza Ritual é uma forma de dar aos fãs antigos um pouquinho mais do Matanza, com um novo timbre?

Jimmy: Na verdade, o projeto foi feito pra me dar um pouco mais do bom e velho público do Matanza, do qual eu estava morrendo de saudade!

Quem faz o show é sempre o público, a banda faz a trilha sonora, e eu posso te falar que o público do Matanza arrebenta. E os meus meninos (Felipe, Antônio e Amílcar), também.

Ambrosia: E a parceria com o Rats? Ainda vai rolar mais coisa?

Jimmy: Com certeza. Ando compartimentalizando minha agenda, e a época de shows e disco novo com o Rats já tá separadinha…

Ambrosia: Passados quatro anos de sua saída do Matanza, como você enxerga a ruptura e o subsequente final da banda?

Jimmy: Acho que o Matanza sofreu por aquilo que nenhuma banda deve sofrer: anseios e necessidades individuais. Nenhuma banda pode ficar refém dos seus integrantes. Se os próprios não colocam a banda como uma entidade maior que todos e que deve ser protegida de tudo que for possível proteger, não há banda que persista. Ainda mais no Brasil.

Ambrosia: O Jimmy hoje ouve o quê? Quais bandas?

Jimmy: Olha, hoje tô ouvindo farol negro, uma banda lá de londrina. Também ouço muito Bob Dylan, Van Honk, Ben Caplan e mais um monte de velharia ou de pessoas que nasceram nos séculos errados, acho…

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