Chris Cornell recebeu o Grammy póstumo de Melhor Performance de Rock na noite do último domingo (dia 10/02) pela música “When Bad Does Good”.
O interessante é que o prêmio veio 15 anos após a primeira premiação de sua ex-banda, o Soundgarden (Melhor Performance de Metal por “Spoonman” e Melhor Performance de Hard Rock por “Black Hole Sun”), e quase 20 depois da primeira indicação, em 1990 por “Ultramega Ok”. O Soundgarden concorria ali a Melhor Performance de Metal.
“When Bad Does Good” faz parte de uma compilação póstuma lançada em 16 de novembro de 2018, que leva apenas o nome do artista como título. Compila seu trabalho solo, bem como seu trabalho com suas bandas Soundgarden, Temple of the Dog e Audioslave. O álbum foi lançado em versões comum e deluxe nos formatos digital (download e streaming) e físico (CD e vinil), e um box super deluxe que inclui um total de 64 faixas, incluindo 10 músicas inéditas.
A faixa inédita tem versos niilistas que dizem “And I heard you say that flesh sells by the pound/When blood is raining down, it cuts a deep river/And I’m diving” (E eu ouvi você dizer a que carne é vendida por libra/Quando está chovendo sangue, que abre um rio profundo/E eu estou mergulhando). O inconfundível estilo de cantar e conceber canções e as gravações está ali bem nítido.
O álbum teve a colaboração de amigos de Cornell, como Brendan O’Brian, que produziu Soundgarden e Audioslave e assina a produção, e Jeff Ament, baixista do Pearl Jam, que se encarregou da arte.
Chris Cornell faleceu em 18 de maio de 2017 em Detroit logo após fazer um show com o Soundgarden. Segundo os legistas, o músico se enforcou no banheiro do hotel onde estava hospedado. A viúva explicou, à época do lançamento da coletânea, disse que sentia que precisava ser criada uma compilação que sintetizasse o amigo, marido e pai, o tomador de riscos e inovador, o poeta e o artista que Cornell foi.
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