Duas forças da música se unem em uma frente ampla contra a hipocrisia. O cantor, compositor e multi instrumentista Maikão se une ao grande André Abujamra na pesada “Invasão”. Esta é uma faixa que une rock e rap para criticar as relações promíscuas entre extremismos religiosos, milicianismos e corrupção endêmica enquanto pessoas sofrem por coisas básicas.
Manifestações musicais do interior de São Paulo fazem parte do mergulho que Maikão fez em “Ascender”, celebrando suas origens. As levadas percussivas ganham elementos eletrônicos em cinco faixas onde os temas vão da importância das raízes a questões políticas e a reflexão da legalização da maconha. “Sal Grosso” é um exemplo do olhar multifacetado de um artista que dialoga com questões mundanas ao mesmo tempo que dialoga com o sagrado. Exú ou Elegbara é quem cuida, protege e alerta os seres humanos, um orixá de respeito que foi demonizado por diversas manifestações religiosas.
O trabalho de Maikão é marcado pela atitude artística, presença e potência humana, assim como pela valorização das tradições populares e a interação com o universo da música pop alternativa. Maikão vive a música – como trabalho, terapia, como encanto e estilo de vida. Ele se dedica ao Baque Caipira, grupo percussivo de maracatu fundado em 2013, e ao grupo tradicional de Samba de Lenço Mestre Antônio Carlos Ferraz, além de desenvolver atividades de música e expressões para idosos e adolescentes.
Das suas pesquisas culturais, passando por música instrumental, big band e orquestra popular, aos palcos do SuperStar, Circo Voador, Lollapalooza e turnê em países da Europa acompanhando grandes nomes da música nacional e internacional, Maikão reuniu suas vivências em “Ascender”, disco que une percussões do interior de São Paulo com elementos eletrônicos em cinco faixas onde os temas vão da importância das raízes a questões políticas e a reflexão da legalização da maconha.
Com uma longa história que soma mais de quatro décadas de carreira, Abujamra se firmou como uma das grandes mentes criativas da música no Brasil. Cantor, compositor, guitarrista, percussionista, pianista, produtor musical, ator, diretor de teatro e cinema, ele começou a se destacar em nível nacional nos anos 80 com o duo Os Mulheres Negras, com Maurício Pereira.
Em meados dos anos 90, estreou como líder, guitarrista e vocalista da banda Karnak, com repercussão internacional. E ainda se dedica a seus projetos experimentais como AbcyÇwÖk, Fat Marley e Turk, além de ter assinado mais de 70 trilhas sonoras para cinema e TV.
Seus discos solo incluem “O Infinito de Pé” (2004), “Retransformafrikando” (2007), “Mafaro” (2010), “O Homem Bruxa” (2015), “Omindá” (2018), “Emidoinã” (2020) e “Duzoutruz, Volume 1” (2021).
Recentemente lançou o álbum “Amor”. O trabalho surgiu de uma vez só durante sua passagem por uma casa nas montanhas de Minas Gerais. Inspirado pela lua, pela natureza e pela tranquilidade, André consolidou sua nova fase, onde tem trabalhado fortemente com o mercado cripto, com vários trabalhos pensados e divulgados exclusivamente como NFTs.
Este é um lançamento Showlivre e A Música Vive disponível em todas as plataformas de música.
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