A brecha para o clipe de “Pretos Ganhando Dinheiro Incomoda Demais” surgiu em parceria com o Soma+, projeto educacional da AKQA São Paulo que ajuda a expandir o conhecimento profissional de jovens talentos negros e indígenas, moradores de periferias do Brasil que desejam acessar o mercado publicitário.
Produzido pela Landia, o roteiro do clipe é uma fábula que traz uma alegoria moral falando sobre a prosperidade do povo preto junto com a ancestralidade. Antigamente, os pretos tiveram seus frutos roubados, e é esse alerta que a diretora Hanna Batista deixa para que futuramente a riqueza não seja mais tirada do seu povo. A união é crucial para manter o legado do que já foi construído.
“Quando eu falo da gente como povo preto, eu tento construir um imaginário que possamos nos ver no surreal, em um espaço de fantasia, lúdico, onde a gente possa ter histórias que envolvam prosperidade, que envolvam a união da gente como povo preto. E desde que o roteiro chegou, só abriu espaço para que toda a criação evoluir para esse lugar”, completa a diretora.
A equipe do curta foi composta por pessoas de diversos lugares do Brasil (Bahia, Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, entre outros). Esse fator só contribuiu para o coletivo e troca de ideias, baseadas em bagagens diferentes e complementares.
O clipe traz várias crianças pretas, que ao descobrirem o poder da irmandade, se juntam para semear e cultivar a Árvore da Riqueza que cresce e dá frutos para toda a comunidade. “Eu gosto da ideia das crianças conseguirem se identificar. Ali a gente passa uma lição, contamos de uma forma ilustrativa o que já vem acontecendo com nossas árvores da prosperidade sendo podadas, seja na violência policial, na violência política do Estado. É um filme onde as crianças conseguem entender uma moral. É a união que faz a força e que juntos vamos conseguir defender o que é nosso”, finaliza Hanna Batista.
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