Didier Guigue nasceu na França e vive na Paraíba há quase 40 anos. Neste tempo, foi/ é artista sonoro, pesquisador, professor da UFPB e músico da Orquestra Sinfônica da Paraíba. Quando fagotista da Orquestra Sinfônica, criou com colegas o coletivo experimental Uvulas Ardientes, seu primeiro projeto autoral no Brasil, ainda nos anos 1980. Com o projeto, rodou o eixo do Brasil, chamando atenção da imprensa do Rio e São Paulo.
É exatamente em homenagem ao seu primeiro grupo no país, que ele lança o single/ clipe com sua versão de “Rio das Mortes”, um dos canções principais do Uvulas Ardientes, grupo experimental ativo entre 1985 e 1989 em João Pessoa, cujo núcleo era formado por Didier Guigue e mais dois colegas da Orquestra Sinfônica da Paraíba. Embora dando ênfase à livre improvisação, free jazz e performances cênicas, a banda também possuía uma vertente que puxava para algo mais pop, com uma eventual pitada de rock prog. “Rio das Mortes” é uma dessas músicas, uma longa progressão por cima de uma pulsação constante, atingindo dois ápices.
“Nessa releitura solo, fiz uma versão mais minimalista. Da composição original, conservei apenas a estrutura harmônica, que é justamente o fundamento dessa obra, e explorei as suas possibilidades intrínsecas de dramaticidade”, comenta Didier no minidoc “Rio das Mortes 1986-2022 – História de uma nova música velha”, de cerca de 5 minutos.
Junto com a nova versão, Didier contou com o videoartista paraibano Rafa Diniz, para propor uma experiência imersiva ao mesmo tempo visual e sonora. Ele criou uma videoarte para a canção, simulando os fluidos da água em um programa algoritmo no computador, a emulação interage com a música, ao passo que os movimentos sonoros surgem.
“Rio das Mortes” é um rio no Mato Grosso, que tem esse nome dado pelos Xavantes em homenagem às batalhas sangrentas que travaram com os bandeirantes paulistas no local. lA canção é o segundo single do álbum “Tudo Verdade”, que vem para comemorar os 40 anos de Brasil do Didier Guigue, e será lançado ainda neste semestre.
Ficha técnica:
Composição, computação musical: Didier Guigue
Computação gráfica e capa: Rafa Diniz
Masterização: Studio PeixeBoi (Marcelo Macedo).
Acompanhe Didier Guigue no instagram: https://www.instagram.com/Didier_Guigue_/
E no Bandcamp: https://didierguigue.bandcamp.com/
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