Nos dias 11 e12 de Maio, o Teenage Fanclub, uma das bandas de rock mais cultuadas dos anos 1990 voltará a se apresentar no Brasil. Formado na Escócia em 1989, o grupo ganhou notoriedade em 1991 com o lançamento de seu terceiro álbum, Bandwagonesque, que na lista de melhores discos daquele ano da revista Spin ficou à frente de Nevermind, do Nirvana.
No ano de 1991, após dois álbuns sem muita personalidade, já não se esperava nada muito relevante vindo do Teenage Fanclub. Bandwagonesque, o terceiro álbum dos escoceses, surpreendeu. Ostentava a sensibilidade melódica almejada pelos melhores conjuntos britânicos e o barulho das guitarras que estava sendo popularizado pelas bandas grunge norte-americanas. Nas melodias belas, simples e redondas, levemente melancólicas, fica clara a influência do Big Star, conjunto norte-americano dos anos 1970. O barulho e as microfonias eles certamente aprenderam a fazer ouvindo discos do Dinossaur Jr e Neil Young. Em Bandwagonesque, esses elementos são combinados com tanta precisão que é impossível encontrar um momento fraco no disco. The Concept abre o álbum com uma fagulha de microfonia que logo é substituída pelos vocais singelos de Norman Blake, guitarrista e um dos compositores da banda. Satan é uma faixa instrumental ruidosa e caótica que remete ao Sonic Youth. December é cantada por Gerard Love, baixista e também compositor, enquanto arranjos de cordas se misturam com acordes de guitarra que, se não fosse pela distorção, poderiam ter sido compostos pelo The Byrds, nos anos 1960. What You Do to Me alterna barulho e doçura, com um riff de guitarra empolgante e letras absurdamente simples. Raymond McGinley, também vocalista e guitarrista, contribui com uma composição, enquanto o baterista Brendan O´Hare participa de modo discreto, mas eficiente.
Bandwagonesque foi a obra-prima da banda, elogiada por Kurt Cobain e Noel Gallagher. Apesar de conseguir algumas críticas favoráveis, o disco não fez sucesso fora do circuito de rock alternativo.
Em 1993 o Teenage Fanclub lança seu quarto álbum, Thirteen. O título é uma referência a uma canção do Big Star, que continua sendo a influência fundamental da banda. Hang On, a primeira faixa do disco, começa com guitarras pesadas e acordes repetitivos até que Gerard Love começa a cantar de modo gentil e a canção se transforma em uma balada triste, encerrada por dois minutos e meio de arranjos de cordas e flauta sobrepostos ao ruído das guitarras. The Cabbage, é um rock clássico e amargo, com slide guitar e violino. Radio é um power pop acelerado, pra fazer o ouvinte saltar da poltrona. Gene Clark , a música que encerra o disco, apesar de levar o nome do co-fundador do The Byrds, tem solos de guitarra que lembram Neil Young. Mesmo contendo algumas ótimas canções, Thirteen não tem o brilho e a consistência de Bandwagonesque e foi mal recebido pela crítica. A edição japonesa do CD traz boas covers de Older Guys, do Flying Burrito Brothers, e de Chords of Fame, do cantor de protesto Phil Ochs.
Em Grand Prix, lançado em 1995, a banda mostra maior variedade e sofisticação sonoras. Instrumentos acústicos se destacam em várias faixas, deixando a distorção das guitarras em segundo plano. Tears é sustentada por arranjos de cordas, metais e piano. Em Verisimilitude o som da guitarra é quase sempre cristalino. As raízes roqueiras do Teenage Fanclub ainda aparecem em canções como About You, Sparky´s Dream e Don´t Look Back, mas fica claro que a banda buscava renovar sua musicalidade. Grand Prix foi muito elogiado pela imprensa musical, mas não fez sucesso comercial fora da Grã-Bretanha.
Entre 1997 e 2005, a banda lançou quatro álbuns de músicas inéditas, ignorados pelo grande público. As guitarras barulhentas foram gradualmente abandonadas e as composições ficaram mais acústicas e suaves. Shadows, lançado em 2010, recebeu ótimas críticas da imprensa. É o melhor lançamento da banda desde Grand Prix. Um álbum introspectivo, de canções pop acústicas com orquestrações delicadas, como a brilhante Baby Lee. Usam quase sempre os mesmos três ou quatro acordes e as letras são tão despretensiosas quanto as que escreviam vinte anos atrás. Com Shadows, o Teenage Fanclub atingiu a maturidade sem perder a inocência.
Com todo o respeito, banda chata em disco e sonolentíssima ao vivo.
classe essa banda escocesa ,ha anos bandwagonesque não sai de meu cd player ,atraves dela conheci muitas bandas maravilhosas ,fairport convention ,nick drake e muitas cositas mas ,ah para terminar flying burritos brothers merece uma ouvida para quem curte country rock