O final de semana na Rio 2C, evento de inovação e criatividade para audiovisual e tecnologia realizado no Rio de Janeiro, é aberto ao público e o evento se transforma no Festivália, tendo como destaque os shows de música. Além dos painéis (Porta dos Fundos no sábado e Choque de Cultura no domingo os mais concorridos, com todos os lugares ocupados) dois espaços foram dedicados aos shows: o Palco Música, localizado no térreo da Cidade das Artes e o RIOGaleão Eletroacústico. Foi uma mudança em relação ao ano passado em que um grande palco foi armado na parte descoberta do local. Dessa vez, o evento optou por dois palcos menores, mas com nomes relevantes da cena musical.
No sábado o destaque no palco Eletroacústico foi Jonathan Feer, rapaz de Madureira, subúrbio do Rio, que faz um som que mistura jazz, hip hop, neo soul e música eletrônica. Sua música cheia de suingue transformou o lugar em um bailão. Ele contou que começou a ouvir jazz com “A Love Supreme”, de John Coltrane, que ganhou um cover ao vivo.
Já no Palco Música a atração principal era o rapper Rashid. Além do protesto das letras, não faltou contundência no discurso. Lembrou do bom momento por que o gênero passa no Brasil e lembrou do premiado Baco Exu do Blues. Também lembrou que foi a música que o fez sai da favela. Caprichou no improviso quando pediu para que cada um na plateia tirasse algo do bolso que dali ele faria ma rima.
No domingo o palco música contou com o som funkeado de Jorge Ailton, com forte influência de Tim Maia e Lulu Santos, e o som pesado e agressivo da empoderada Simone Mazzer, que empolgou o público. O último show, de UM44K, teve de ser cancelado devido aos fortes ventos que atingiram a região (e boa parte da cidade) fazendo o festival terminar mais cedo.
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