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Gil Móia cria a sua “Belém Bossa” no EP de estreia “Baile da Chuva”

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Natural de Barcarena, no Pará, e radicado no bairro de Santa Cruz, extrema Zona Oeste do Rio de Janeiro, o cantor e compositor Gil Móia faz uma música que busca uma ponte entre a natureza da Amazônia e as paisagens do subúrbio. Após revelar o single “Areia”, ele apresenta o EP “Baile da Chuva” através do selo Diáspora, já disponível nas principais plataformas de música.

Ao longo de seis faixas, Gil Móia constrói amores urbanos, traça caminhos tortuosos de desemboca no mar. Se a jornada do álbum começou pela “Areia”, agora ela toma banho de chuva e cria um panorama mais completo dessa “Belém Bossa”. A sonoridade é guiada pelo violão, mas ganha contornos modernos com o uso de beats eletrônicos, em uma influência direta do lo-fi hip hop na tradicional bossa nova.

É esse sub-gênero inventado que dá nome à primeira faixa, “Belém Bossa”. “El Camiño” narra uma andança de volta para o amor, enquanto “Onde você anda?” rememora um relacionamento passado. “Várias noites” anseia pelo retorno daquela que já partiu. “Morena das ondas do mar” se constrói no balanço dos beats eletrônicos e se deixa levar pela maré. Por fim, a já revelada “Areia” ganha tons de MPB e indie rock para dar forma a um antigo causo contado pela bisavó do artista.

Entre a nostalgia por tempos mais simples enquanto não perde o futuro de vista, Gil Móia cria um rico panorama imagético em “Baile da Chuva”. O álbum surge da desesperança urbana e ganha nova vida ao se redescobrir entre ondas, sabores, texturas.

“Comparo a famosa chuva do Pará como uma entidade que determina a nova safra, os encontros, desencontros, o tempo das coisas, como uma suprema manifestação da natureza que nos faz perceber que somos apenas parte de um todo, de modo que precisamos estar de acordo com o Baile. O disco é dividido em várias fases da  vida, de canções feitas bem jovem, as mais recentes já provenientes de um olhar sem véu. Todas as palavras e acordes surgiram de maneira espontânea. São a soma de amores, naufrágios, insights das gotas que caíram no telhado ou que lavaram minha alma”, reflete Gil. O artista constrói essa sonoridade com a colaboração de Pedro Millecco (bateria), DJ Lu7 (beats), Vita Parente (backing vocals) e Hugo Noguchi (baixo, teclados, tamborim, beats) – este último, responsável também pela produção musical.

O lançamento é uma aposta do novo selo Diáspora, projeto iniciado por Noguchi que pretende dar visibilidade para que artistas racializados se insiram de modo profissional no mercado musical, buscando descendentes das diásporas africana e asiática, bem como das internas brasileiras. “Baile da Chuva” está disponível em todas as plataformas de streaming musical.

Ficha técnica

Músicas por Gil Móia
Gil Móia – Voz e Violão
Pedro Millecco – Bateria em “Belém Bossa” e “Areia”
DJ Lu7 – Beats e efeitos em “El Camiño”, “Onde você Anda?” e  “Morena das Ondas do Mar”
Vita Parente – Backing Vocals em “Belém Bossa” e “Morena das Ondas do Mar”
Hugo Noguchi – baixo, teclados e produção, mix e master
Arte por Adriene Araújo

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