Do encontro da música brega dos anos 60 com um clássico da MPB dos anos 90, a cantora Julinha surpreende com seu novo lançamento que mistura a essência do arrocha baiano e das antigas serestas com beats eletrônicos e elementos do pop . A releitura de “Tortura de amor” do memorável Waldick Soriano entremeada com “Onde estará meu amor” de Chico César traz um tom saudosista e ao mesmo tempo moderno que dialogam entre si .
Com produção musical de Paulo Mutti e arranjos do cantor e compositor Jalmy, a música promete embalar velhos e novos romances.
A ideia do single veio das referências de infância da cantora, que cresceu no interior da Bahia. Natural de Riachão do Jacuípe (BA), Julinha conta que foi nos encontros dos tios seresteiros, no toca fita do gol quadrado e nos vinis de sua avó Daura, que absorveu a canção Torturas de amor de Waldick Soriano. “Muitas histórias de amor no interior do Nordeste foram consagradas como genuinamente brasileiras nas vozes do brega. Essa é uma música que me faz imaginar como era a paixão em tempos mais silenciosos”, afirma Julinha.
O single, que já surpreende no primeiro verso, apresenta um clássico do ícone do brega, Waldick Soriano, e cativa na interlocução com a famosa balada de Chico César. As músicas foram compostas com quase 4 décadas de diferença, mas dialogam muito bem em letra e sonoridade e prometem agradar a todas as gerações com a nova roupagem enriquecida de timbres, coros e a voz suave de Julinha.
Depois de lançar seu primeiro single, “Besta pra rir”, a artista conta que resolveu apostar no pot-pourri após perceber o sucesso que fazia entre o público nos seus shows. “Hipnotiza a todos. Acho que são as duas músicas cumprindo seu papel, só que na minha geração bate um lance saudosista, relacionado aos nossos pais, lugares de origem. Sempre ouço bons relatos e me agrado com o envolvimento das pessoas nessa parte do show”.
Julinha completa ressaltando a felicidade em resgatar a memória de Waldick Soriano e ao mesmo tempo gravar uma música de uma das suas referências musicais, o cantor Chico César. “Uma música do ídolo da minha avó, outra do meu ídolo! É um encontro de gerações, é pra um encontro de gerações” , destaca a cantora.
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