Madonna chegou aos 65 anos de idade e neste ano também completa 40 anos de carreira. Aqui vamos fazer uma lista com os 5 discos mais importantes da Rainha do Pop, que foram fundamentais para a construção e sedimentação da cantora enquanto fenômeno musical.
5. Like a Virgin (1984)
O segundo álbum de Madonna trazia um salto na produção em relação ao antecessor, o debut, lançado um ano antes, que levava apenas o nome da cantora. Se ela alcançou sucesso logo na estreia, sua verdadeira ascensão à fama ocorreu com esse aqui. Ela colaborou com Nile Rodgers para expandir seu estilo musical e construiu uma imagem ousada, mostrando que desde o início ela soube se cercar de bambas da produção e composição musical. As músicas destaque são a faixa-título e “Material Girl”, que a transformaram em ícone. Ainda que careça de um pouco mais de coesão, há momentos notáveis, sobretudo em ‘Into The Groove’ e ‘Dress You Up’.
4. True Blue (1986)
“True Blue” marca o momento em que Madonna se tornou a superstar que conhecemos hoje – uma artista ambiciosa e provocadora que sabia como causar impacto e fazer boa música ao mesmo tempo. O álbum equilibra a provocação calculada que é característica de Madonna com faixas cativantes, como ‘Papa Don’t Preach’, em que fala sobre uma gravidez inesperada encarada de frente cantando “I’m gonna keep my baby” (eu vou ter o meu bebê). Enquanto manipula o pop radiofônico característico da época de forma magistral em ‘Open Your Heart’ e ‘Where’s The Party’ , ela transcende sua imagem de diva do dance-pop ao incorporar elementos de pop clássico de grupos femininos como na faixa-título e ‘Jimmy Jimmy’ , flertar com os ritmos latinos em ‘La Isla Bonita’. O álbum também aborda temas como paz mundial (‘Love Makes the World Go Round’) e apresenta uma das melhores baladas já compostas no pop, ‘Live to Tell’. O resultado final é um dos melhores álbuns de dance-pop que destaca as habilidades de Madonna como compositora, produtora e intérprete, que iria ganhar ainda mais força a seguir.
3. Music (2000)
O disco que tinha a ingrata tarefa de suceder o impecável “Ray Of Light” acabou se saindo muito bem. “Music” é um álbum diversificado, misturando elementos eletrônicos e atmosferas intrigantes. Ele evoca uma sensação de autoconsciência e celebração da música em suas faixas enérgicas e baladas emotivas. Madonna colabora com diferentes produtores para criar um álbum musicalmente rico e criativo, com destaque para suas parcerias com Mirwais. Embora algumas faixas não alcancem o mesmo nível de trabalhos anterior, o álbum mantém um senso de vitalidade e sofisticação, notável na faixa-título, na contry-dance ‘Don’t Tell Me’ e ‘Gone’, boa parceria com The Orb.
2. Like a Prayer (1989)
Dentre todos os álbuns de Madonna, “Like a Prayer” é a sua tentativa mais explícita de fazer uma declaração artística significativa. Mesmo que seja evidente que ela está tentando criar um álbum “sério”, a variedade de estilos pop nesse álbum é bastante deslumbrante. Variando desde o funk profundo de faixas como ‘Express Yourself’ e ‘Keep It Together’ até a pessoal ‘Oh Father’ , que alterna lirismo com um tom sombrio, combinando de forma surpreendente, e, é claro, a poderosa faixa-título.
1. Ray of Light (1998)
Madonna exibe um impressionante domínio na composição de músicas, tornando este o seu melhor e mais consistente álbum. Após uma pausa de quatro anos, Madonna retornou à música pop com “Ray of Light”, colaborando com o produtor de techno William Orbit. O álbum busca acompanhar as tendências da época (abraçadas por outros veteranos como David Bowie), misturando elementos eletrônicos e batidas dançantes. A parceria resulta em um álbum pop em que a Material Girl abraça a música eletrônica de forma notável. É sem dúvidas seu trabalho mais ousado em termos sonoros, com produção cuidadosa e o estilo vocal técnico de Madonna buscando mostrar a maturidade adquirida na chegada aos 40. Seja na meditativa ‘Substitute for Love’, que abre o disco, na etérea ‘Frozen’ ou na vibrante faixa-título, a proposta é prontamente assimilada pelo ouvinte.
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