“Qual será o meu elo de conexão, qual a antena?”, questiona Mani Carneiro em busca de sintonia. Convidando a uma revisão íntima sobre o que nos une em tempos de isolamento, o cantor, compositor e violonista pernambucano anuncia seu próximo EP com o single e clipe “Qualantena”.
Mesclando tons de trip hop ao seu violão, Mani recebe na faixa a participação de músicos referência no cenário carioca. Jam da Silva assina percussões e bateria, com o trombone de Marlon Sette, sax barítono de Jorge Continentino, trompete de Diogo Gomes e Moog, sintetizador e piano Rhodes de Erick Amorim – este último fazendo uma ponte com a Recife natal de Carneiro.
“‘Qualantena’ foi composta durante os 3 primeiros meses de pandemia, onde a solidão, a preocupação e o medo foram dando lugar ao autocuidado e reflexões sobre a vida coletiva. Amigos perguntavam se eu não ia falar nada sobre tudo. E de repente tudo que vi e senti explodiu na composição que surgiu em 5 minutos. E aí veio a vontade de compartilhar com as pessoas e o cuidado em como gravar com segurança. Essa música furou a fila, pois eu estava no processo de finalização do próximo EP que tinha já repertório fixo, então parei tudo pra focar nela, que se fez mais urgente”, analisa Mani.
O título propõe um neologismo com um jogo de palavras para falar do que somos – a antena, em busca de sinais externos – e não apenas do que precisamos fazer – a quarentena. A ideia é focar no que nos conecta e liberta, ao invés daquilo que momentaneamente nos limita. O vídeo traz um olhar que humaniza a casa e reflete a transformação interior do indivíduo, procurando dar uma sensação de busca e preenchimento, numa falsa impressão do vazio.
“O tema da música podemos dividir em camadas. A primeira e mais óbvia é a casa física em si, em sua importância numa quarentena, mas logo em seguida vem a camada principal que seria a ‘casa metafísica’, ou o repensar o planeta a partir de nossa casa, nosso corpo, nossa existência… e como isso toca o outro, já que fazemos todos parte desse ecossistema que chamamos vida na terra. A casa – o planeta, o corpo – só faz sentido pelo ser humano que faz uso dela e como se conecta com o coletivo, ainda mais agora em meio a uma pandemia, onde o ar que respiramos muda a vida à nossa volta. Pensemos: tudo que fazemos ‘inter-fere’”, conclui Mani.
Ficha técnica
Mani Carneiro – Voz e violão
Jam da Silva – Bateria e percussões
Marlon Sette – Trombone
Jorge Continentino – Sax Baritono
Diogo Gomes – Trompete
Erick Amorim – Moog, Synth e Piano Rhodes
Qualantena é composta, produzida e mixada por Mani Carneiro
Arranjo de Sopros – Marlon Sette
Masterizada por Maurício Gargel
Direção e Direção de Fotografia – Bruno Pettinelli
Roteiro – Bruno Pettinelli e Mani Carneiro
Performance – Beatriz Pizarro e Layla Moncores
Elenco – Flavia Nunes
Edição – Bruno Pettinelli
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