A cantora e compositora Marina Peralta é a única convidada brasileira para participar da coletânea nova-iorquina Freedom Sound. Produzida por Adrian Donsome, da Donsome Records, projeto apresenta diversos outros artistas da cena reggae, de diferentes lugares do mundo, como os jamaicanos Mykal Rose, Anthony B, Pressure e banda Big Mountain, da Califórnia. Ao todo, 13 faixas somam no registro onde todos os envolvidos cantam em um mesmo instrumental, mostrando suas particulares versões vocais, melódicas, rítmicas e líricas.
Em “Freedom Fighters”, cantada em inglês e português por Marina Peralta, uma critica ao desenvolvimento capitalista acima de tudo e de todos ganha destaque. “Falo também sobre a vontade de me manter inspirada, motivada e com fôlego para estar com o coração em chamas, quebrando algemas, correntes e fazendo um som consciente para grandes mudanças”.
Acompanhando a estreia, um videoclipe dirigido por Premier King. Cena a cena, Marina Peralta e dez mulheres, parceiras de jornada, se juntam para declarar “I will not surrender, I will not giv up my freedom” (eu não vou me render, não vou entregar a minha liberdade). Como pano de fundo, as protagonistas caminham e convivem – em um parque – com suas crias que brincam, mamam e correm. Em determinado momento, a sala da cantora se transforma na locação, representando seu ciclo próximo, sua ancestralidade e continuidade numa estética de retrato e afeto. Tudo explode no campinho e no beco do Gueto Voith, periferia na zona oeste de SP, com o bonde de minas juntas num final de tarde frio de São Paulo. O destaque fica para a diversidade sempre presente nos trabalhos da artista que não deixa de afirmar para o mundo que Brasil é terra dos povos originários.
A maquiagem e cabelo foram feitas por Kérol (@issoeumassaltoe), o figurino por Van Nobre (@vannobre) e produção por Bruno Zambon (@brunozanbom) com assistência de câmera de Ygor Simões (@y.carv).
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