Se o samba é a tristeza que balança, as notícias de hoje vão cambalear todos apaixonados pelo ritmo. Ninguém menos que o mestre Nelson Sargento morreu aos 96 anos por causa da Covid-19.
Nelson Sargento também além de compositor e sambista, foi escritor, ator e artista plástico. Ele também era o presidente de honra da escola de samba Estação Primeira de Mangueira, que sem dúvidas está em luto neste momento.
Nascido em 25 de julho de 1924, filho da empregada doméstica e lavadeira Rosa Maria da Conceição, Nelson foi criado no morro do Salgueiro, onde teve contato pela primeira vez com o samba. Ao lado do padrinho, o compositor Alfredo Português, passou a conviver com grandes nomes como Cartola, Nelson Cavaquinho e Geraldo Pereira, que o influenciaram em sua carreira, passando a compor suas primeiras canções.
Sargento se destacou no carnaval de 1955 ao compor com Jamelão “Cântico à Natureza” (ou “Primavera”), samba-enredo que levou a Mangueira ao segundo lugar no Carnaval carioca daquele ano. Com uma carreira bastante produtiva, Nelson Sargento deixou cerca de 400 canções e 30 discos gravados e sua história nunca será esquecida.
O corpo do cantor não será velado em razão da pandemia de coronavírus. Nelson Sargento será cremado em cerimônia restrito apenas a família.
Vale ressaltar que neste mesmo dia em Brasília durante a CPI do Covid, o presidente do Institudo Butantan revelou que o governo federal demorou quase um ano para enviar recursos para o desenvolvimento da vacina, isto depois de ignorar os esforços dos pesquisados por nada menos que três meses (sem contar os 6 meses que Bolsonaro ignorou as vacinas da Pfizer).
Duro ter de dizer isto aqui na Ambrosia, mas sem dúvidas é mais uma vida ceifada pela incompetência do governo federal de Jair Bolsonaro, que já matou quase meio milhão de brasileiros ao ignorar a luta contra a Covid-19 e incentivar ignorância e ódio na população brasileira.
É bem simples, quem apoia o governo Bolsonaro é cúmplice desta tragédia que vivemos diariamente.
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