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Negro Leo une desejo e tradição popular em novo álbum “Rela”

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Negro Leo lança seu nono álbum, “RELA”, no qual combina o ritmo do Boi com elementos da música eletrônica global e explorando o universo do sexo de acordo com os relacionamentos contemporâneos. Com letras que retratam a rotina de busca em chats apps, o álbum traz pra luz a intimidade que muitas vezes era escondida.

“O ato de escrever é uma insinuação, nunca se escreveu tão explicitamente sobre sexo na cultura popular. Essa geração é provavelmente tão saudável quanto as gerações da antiguidade que viram nascer técnicas sexuais do Kamasutra ao Fang-chung shu. Se há algum mal-estar nessa geração, não é não falar o suficiente, é não fazer o suficiente. Quando escrever consubstancia o ato, a geração é alegre. A putaria é apenas a manifestação da saúde dessa geração”, ele reflete.

Com produção de Renato Godoy e colaborações de Hélio Costa e Gilberth Ferreira, integrantes do boi Brilho de Lucas, “RELA” cria uma nova dança eletrônica, focada na percussão e na energia pulsante do Boi, trazendo pra luz a intimidade que muitas vezes era escondida.

“O boi é uma tradição popular, e toda tradição está preservada na forma de sua imanência cultural, ou seja, em trânsito.  Mas se toda mitologia sempre pontificou que algo do indivíduo é preservado após sua morte, então não é possível acreditar que “não dispomos de informações suficientes para saber se algo acontece depois de sua morte”. Se a factualidade exigida pela ciência, aqui, é uma ilusão, logo é mais ilusório ainda crer que uma tradição popular pode ser destruída ou mesmo modificada. Pelo contrário, é a tradição que modifica o novo que sempre vem”, ele comenta.

O disco foi co-produzido por artistas como Vasconcelos Sentimento, Os Fita, Mbé, Kiko Dinucci e Lucas Pires, este último responsável também pelas vinhetas do álbum. Entre as participações especiais estão Marlon Sette, Diogo Gomes, André Ramos, Marcos Campello, Guto Wirtti, Juçara Marçal, Thiago França, May Tuti, Rodrigo Coelho e Pedro Fonseca. A direção visual ficou novamente a cargo de Lucas Pires, com fotografia de Rafael Meliga.

A arte do disco explora a relação entre o corpo do artista, a natureza e a figura do boi, compondo um encontro enigmático com toques sutis de inteligência artificial.

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