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Ouça “auto-obsolescência programada”, novo single/protesto do beatmaker não binário SUAVE!

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Partindo de uma proposta de ressignificar o próprio conceito de identidade, rés, artista não-binárie responsável pelo projeto experimental suave, nos convida a uma revolução de corpo e mente. Utilizando misturas imprevisíveis de ritmos como samba, jazz, funk e lo-fi, suave nos leva a questionar nosso modo de pensamento binário e suas fáceis e quebradiças verdades. sua arte é fonte de potência para destruir sistemas de opressão da vida e criar novas formas de se estar no mundo.

https://open.spotify.com/album/77uNh8hTz2ord7lmLk8Tix?si=ZeWw4U4MSSqmE41mAppnIQ

Iniciado em 2017, o projeto atraiu a atenção do bandcamp, onde já apareceu duas vezes em especiais da rádio oficial da plataforma: a primeira em 2018, com “de resistir até reexistir”, do álbum de lançamento também chamado suave, e a última com o mais recente lançamento chamado “brasil, um sonho intenso”, com a faixa “aquecimento da massa”. Isso atraiu atenção da imprensa internacional, o que levou a uma resenha no site Sound And Colours e outras aparições. Ambos os trabalhos foram resgatados para os streams pelo Hominis Canidae REC.

suave”, lançado no começo de 2018, tem 11 faixas com colagens sonoras que visitam e misturam a mpb e o samba, com experimentações ambientes lo-fis. Em meio a toda instrumentação, frases de efeito retiradas de vídeos do youtube e palestras de pensadores brasileiros alinham o som com o pensamento subversivo do projeto.

brasil, um sonho intenso” foi lançado em agosto de 2020, em meio ao caos epidêmico e carregado de influências sonoras do funk, da África, em meio a experimentos eletrônicos e memes. A carga política se faz presente em falas que remetem a banalização do capitalismo e a precarização da vida.

Agora, o projeto apresenta seu novo single “auto-obsolescência programada“, canção eletrônica com pitadas de subversão a MPB e por que não, também uma homenagem. “Nesse som quis passar a visão do quanto o capitalismo, sob uma fachada de liberdade e progresso tecnológico, esconde em seu âmago o exato oposto: o aprisionamento dos modos de vida; os vícios; as respostas e recompensas fáceis“, explica Rés Cruzatto, que criou, produziu e mixou a faixa na solidão do mundo pandêmico.

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