Ozzy Osbourne: Os três primeiros álbuns

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A etapa brasileira da No More Tours 2 começa nesse domingo à noite com show em São Paulo. Aproveitando o ensejo, vamos fazer aqui uma análise dos três primeiros álbuns. A tríade fundamental da carreira de Ozzy Osbourne foi a base do repertório de sua primeira passagem pelo Brasil, aquele histórico show no primeiro Rock In Rio, em 1985. Confira abaixo a nossa retrospectiva:

Blizzard of Ozz (1980)


Foi lançado logo no ano seguinte da saída de Ozzy Osbourne do Black Sabbath. O rockão ‘I Don’t Know’ dá as boas vindas. Ela abre caminho para a clássica ‘Crazy Train’, que viria a se tornar o maior sucesso do Madman. Nela o guitarrista Randy Rhoads brilha e mostra a que veio. Também vem do début outros dois clássicos: ‘Suicide Solution’ e ‘Mr. Crowley’.
A primeira teria induzido um adolescente ao suicídio. A segunda traz no título o nome do bruxo ocultista Aleister Crowley, que supostamente tinha alguns seguidores no rock. Mas as faixas ‘No Bones Movies’ e ‘Revelation (Mother Earth)’ também merecem bastante atenção. Boa parte do álbum foi composta por Ozzy, Rhoads e pelo baixista Bob Daisley. Se a ideia era mostrar que era capaz de superar a saída do Sabbath, Ozzy foi bastante bem sucedido. Blizard é presença constante em listas de melhores discos de metal.

Diary of a Madman (1981)

 

Ozzy passa com facilidade no teste do segundo disco. O rock vigoroso ‘Over the Mountain’ é o cartão de visitas, abrindo os trabalhos. ‘Flying High Again’ mantém a coesão e faz ponte com o épico ‘You Can’t Kill Rock and Roll’. ‘Believer’ proporciona outro momento inspirado do álbum. ‘Tonight’ é uma inspirada metal balad de tintas progressivas que também merece destaque. ‘S.A.T.O.’ é uma inevitável remissão ao Black Sabbath. O baterista Lee Kerslake soa bastante parecido com Bill Ward. A pomposa faixa título, que encerra o álbum, traz todo brilho da parceria Osbourne/Rhoads sem economizar no virtuosismo.

Bark at the Moon (1983)


O terceiro disco solo do Príncipe das Trevas veio com o desfalque de Randy Rhoads, falecido no ano anterior.  A tarefa de substituí-lo coube a Jack E. Lee, que imprime uma característica menos virtuosa, mas coesa e eficiente nas linhas de guitarras. O disco abre com a faixa título, que se tornou um clássico instantâneo. Alguns podem afirmar que esse álbum acena para o hair metal americano (que era chamado de metal farofa). De fato, é possível ver uma certa ornamentação no conceito.
‘Now You See Me (Now You Don’t)’ traz sintetizadores, assim como ‘So Tired’ é uma balada com presença de piano e instrumentos de corda. ‘Center of Eternity’ tem uma introdução de órgão que remete à atmosfera de ‘Mr. Crowley’, mas desencadeia um speed metal vigoroso. ‘Waiting for Darkness’ é outra que se coaduna com (bom, que fique claro) o hard rock oitentista.
Apesar de muito elogiado, “Bark at the Moon” envolve algumas questões delicadas. Todas as faixas são de autoria de Ozzy. No entanto, Lee reivindicou autoria da maioria, alegando ter de abdicar do crédito por cláusula contratual. Mais tarde Ozzy o creditou, junto com Bob Daisley como compositor de todas as músicas. Também houve a polêmica do homem canadense que teria assassinado uma mulher e suas duas crianças após ouvir o álbum. Isso junto com a lenda da cabeça de morcego arrancada ajudaram a fomentar a fama de maldito que adoram atribuir aos principais nomes do rock.

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