Rita Zart lança o vídeo de “O Que Range”. A faixa faz parte do politizado e intenso EP de mesmo nome, lançado em 2019 e cujo sentido ganha novas conotações neste momento em que a artista encerra o ciclo com esse clipe.
“O EP fala sobre inquietudes, memórias, alegrias e dores de existir sendo mulher no Sul do Brasil e nele me coloco em situação de desconforto, terreno íngreme, pontiagudo, corda bamba”, conta ela. “A música ‘O Que Range’ teve seus significados transformados após dois anos e meio de pandemia e agora, a esperança de voltarmos a sorrir e a sonhar logo à frente. O clipe traz a potência feminina como desejo de transmutação, uma explosão animal e arquetípica da força feminina que afirma sua autonomia. As imagens marcantes e com ênfase na corporeidade, trabalham os binômios vida-morte, luz-sombra, dando um caminho possível para algo que não pode viver sem seu oposto”, completa Rita.
Cantora, compositora e diretora musical de filmes como “Tinta Bruta”, ”Legalidade” e “7 Prisioneiros”, Zart foi fundadora e integra até hoje o Coletivo Gogó, que faz música e som para cinema desde 2006. Em 2019, se tornou uma das compositoras residentes selecionadas pelo Projeto Concha, patrocinado pelo Natura Musical e lançou o EP “O Que Range”.
Durante a pandemia, Rita fez algumas apresentações online, foi atração da instituição gaúcha Noite nos Museus e lançou o clipe de “Apatia”. Além disso, musicou um poema da premiada autora Ana Martins Marques para o livro digital Ensaios de Morar do Projeto Concha/PUC Cultura e fez uma releitura de “Sky Saw” de Brian Eno, para a coletânea “Another Green World Revisitado”.
No ano passado, compôs a trilha sonora do longa-metragem “Este Fin de Semana”, coprodução entre Brasil e Argentina, lançou o single “Acalanto” junto com Felipe Puperi (Tagua Tagua) e Triz, parte da trilha sonora do filme “Raia 4” e foi diretora criativa do álbum “Transfusão” de Viridiana.
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