Santana já fez de tudo em suas mais de cinco décadas de carreira. Membro do Rock’n’Roll Hall of Fame, multipremiado e consolidado como sinônimo de qualidade e bom gosto em rock, pop, psicodelia e música latina, ele quer continuar se desafiando e surpreendendo o público. Essa é uma das marcas de seu novo álbum “Blessings and Miracles”.
“Eu me sinto muito abençoado por poder sentir arrepios quando toco, e o que eu amo neste álbum é o quão puro e inocente ele parece. Há algo de novo. Eu não estou tentando recriar o clima do ‘Abraxas’ ou ‘Supernatural’”, conta ele, citando marcos em sua carreira.
Se em “Abraxas”, de 1970, ele começou a cozinhar uma sonoridade e cravou seu nome como um dos maiores guitarristas da história do rock com faixas como “Black Magic Woman” e “Oye Como Va”, em 1999 Santana se mesclou ao pop com o álbum “Supernatural” em hits como “Smooth” e “Maria Maria”. Esses múltiplos artistas que surgem em uma rica discografia se unem em “Blessings and Miracles”.
Santana passou grande parte dos últimos dois anos gravando o álbum, feito quase totalmente à distância durante a pandemia. Quanto à seleção de artistas que colaboraram, ele admite que às vezes fica surpreso com a forma como eles entram magicamente em sua vida. “Eu não escolho pessoas – é como se eu fosse escolhido”, diz ele. “Estou honrado em trabalhar com artistas tão incríveis. Sinto-me como um surfista surfando nas ondas que se transformam em canções destes diferentes criadores. Tenho muita sorte de ter a oportunidade de fazer isso e valorizo bastante”.
O álbum traz uma estelar lista de convidados como Chick Corea, Chris Stapleton, G-Eazy, Diane Warren, Steve Winwood, Rick Rubin, Corey Glover, Kirk Hammett, American Authors e a retomada da parceria com Rob Thomas depois do hit “Smooth”.
“O título vem da minha convicção de que todos nós nascemos com poderes celestiais que nos permitem criar bênçãos e milagres”, conclui Santana. “O mundo pode nos convencer que não somos dignos desses dons, mas temos que utilizar luz, espírito e alma – eles são indestrutíveis e imutáveis. E esses são os três elementos principais deste álbum”.
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