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Vinícius Duran busca conexão entre São Paulo e Bahia com o samba-reggae “Moída”

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Depois de estrear “Bandeira Vermelha”, faixa que abriu os trabalhos de seu primeiro álbum solo “Palavras Marginais”, o cantor, compositor e multi instrumentista Vinícius Duran faz do novo single uma oportunidade de conexão com outras raízes da nossa música. “Moída” é um samba-reggae que transforma a rotina maçante de uma mulher em uma canção de amor a cartões postais da sua São Paulo natal, ao mesmo tempo que apresenta um tempero sonoro baiano.

https://www.youtube.com/watch?v=h07Ah5SY3o8

Composição mais antiga do repertório do disco, “Moída” surgiu em 2017 com uma levada samba-rock e bossa, uma ponte perfeita com “É de manhã”, de Caetano Veloso, nas apresentações ao vivo de Vinícius Duran com o grupo Fiat Lux, do qual é fundador. Porém, inspirado pelo documentário “Axé – Canto do Povo de Um Lugar”, de Chico Kertész, o músico transformou a antiga música em um samba-reggae baiano. Para as referências do arranjo, Vinícius recorreu a álbuns de Daniela Mercury (“Feijão com Arroz”, 1996) e Caetano (“Livro”, 1998).

“Na letra, o personagem-narrador faz um apelo sedutor à sua companheira, que volta exausta de mais um dia de trabalho, moída pela rotina feroz da cidade. O icônico Edifício Copan, símbolo da capital paulista, surge no refrão como um ponto de referência. Na música, e não só, São Paulo é muito mais que um cenário”, entrega Duran.

Assista ao clipe “Bandeira Vermelha”: 

O artista prepara os primeiros passos de sua carreira solo após uma vida inteira dedicada à música. Os sons da zona leste de São Paulo, onde cresceu, povoam seu imaginário, indo da MPB ao samba. Na adolescência, conheceu o rock, aprendeu a tocar violão e passou a integrar a banda de pop rock Atomix. Depois de um hiato da música, que o levou à faculdade de Rádio e TV e a fundar a Rústica Produções, voltou a atuar como instrumentista com um repertório misto de autorais e releituras. 

Em seguida, passou a frequentar a Ala de Compositores do Kolombolo e a Comunidade do Samba da Vela, reconhecidos celeiros de compositores da capital paulista. Em 2018 fundou Fiat Lux, grupo de samba e pesquisa que busca defender músicas e compositores que não tiveram o devido reconhecimento pela indústria mainstream. Com repertório que inclui nomes como Talismã, B. Lobo, Toinho Melodia e Douglas Germano, o grupo teve em 2019 uma pequena turnê de apresentações em Salvador, na Bahia, onde tocou em lugares icônicos, como a Casa de Mãe.

Como compositor, Vinícius Duran teve “Filho”, uma parceria com o amigo Nico Antônio, selecionada para o Festival Musicanto, em 2018. A música foi defendida pelo grupo Nico Antônio e os Filhos do Mar, que posteriormente a incluiu no repertório do disco “O Paquiderme”, lançado em 2021.

Agora, Vinícius se prepara para lançar seu primeiro trabalho solo, o disco “Palavras Marginais”, que conta com 10 canções autorais mesclando as diversas influências do artista. O álbum tem produção musical de Renato Enoki e conta com a participação de músicos como Henrique Araújo, Júlio César e Allan Abbadia, e será lançado em breve. Enquanto isso, é possível ouvir “Bandeira Vermelha” e “Moída” nas principais plataformas.

Crédito: Luan Cardoso

Ficha técnica

Músicos:

Vinícius Duran: violão e voz.

Flora Poppovic: coro.

Marina Siqueira: coro.

Tata Alves: coro.

Cadu Ribeiro: coro.

Gregory Andreas: coro e cavaco.

Renato Enoki: Arranjos, guitarra e contrabaixo.

Júlio César: Percussão geral.

Cláudio Oliveira: Bateria.

Allan Abbadia: Trombone.

Marco Stoppa: Trompete.

Walter Pinheiro: Saxofone.

Pablo Moura: Sanfona.

 

Técnica:

Gravação banda base: Ricardo Martins (Estúdio Sambatá).

Gravação coberturas: Guilherme Lacerda (Biriguibam).

Edição e Mixagem: Pedro Romão.

Masterização: Maurício Gargel.

 

Arte da Capa: Løpz

Foto da capa: Luan Cardoso

 

Letra

vem

que eu te acolho, te embrulho, te embalo pro sono

te desfaço, te amasso, te laço e te como

que eu te aqueço e me esqueço até do cobertor

 

vem

que o cansaço notório da sua labuta

não é páreo pra sede da minha garganta

e é da sua garganta que eu quero beber

 

deixa o sol se esconder no Copan

deixa o vento da noite soprar

deixa a janta que eu fiz esfriar no fogão

para amanhecermos moídos caídos no chão

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