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Zaz reforça os laços com o Brasil em belo show no Rio

A música pop na França vai muito bem, a despeito da nossa total ignorância em relação ao que rola na cena musical por lá atualmente. A cantora Zaz é hoje uma das principais representantes da cena pop do país, que nos últimos 40 anos teve poucos representantes nas paradas de sucesso por aqui. Talvez pelo final dos anos 80 a ex-primeira dama Carla Bruni e Vanessa Paradis (autora da versão original do ‘Vou de Táxi’ da Angélica) tenham chegado perto disso. Claro, há a turma do eletrônico como Air e Daft Punk, e o DJ superstar David Guetta, mas o cerne da questão aqui é o pop francês autêntico.

Zaz (seu nome civil é Isabelle Geoffroy) não é muito conhecida por aqui, mas levou um bom público ao Vivo Rio na noite da última quinta-feira no Rio de Janeiro. Era uma mistura de fãs seguidores fiéis (sim, ela tem um fã clube aqui) e curiosos. A cantora tem no currículo até um disco produzido pelo papa Quincy Jones, seu último trabalho “Paris”, uma homenagem à cidade luz.

Zaz no palco é performática, versátil e irrequieta. Inicia a apresentação adentrando o palco para extrair experimentos de um teremim na música que abre o show, ‘La Fée’, do seu primeiro álbum, de 2010. Em seguida vem uma faixa do disco seguinte, o ótimo “Recto Verso”, a bonitinha ‘Comme Ci Comme Ça’. A primeira música do novo disco no setlist é ‘Paris Sera Toujour Paris’, que deixa claro o intuito de homenagem. Afinal, apesar da ameaça terrorista de um lado e da extrema direita do outro, Paris será mesmo sempre Paris.

Essa atual turnê, chamada Mise en Scène, tem como proposta uma experiência audiovisual com um telão de fundo que abusa de efeitos e grafismos com os quais, em alguns momentos, a artista interage. A produção é dirigida pelo fotógrafo e designer Laurent Seroussi. A cantora chegou a dizer em entrevista ao Globo que tinha intenção de mesclar música e linguagem visual em seu espetáculo. Contudo, ficou inviável economicamente viajar com toda a estrutura utilizada nos shows da França. Mas ainda assim o resultado impressiona.

Essa é a terceira vez que a cantora vem ao Brasil. Na primeira, em 2014, fez um show com estrutura básica que eletrizou o Circo Voador. Dessa vez o objetivo era mesmo reforçar ainda mais os laços com os fãs brasileiros. A música de Zaz mescla o pop, o rock com o Gipsy jazz e, claro, a chasson francesa.

No repertório há cover de Edith Piaf, mas também inevitável tributo à bossa nova como um snipet de ‘Só Danço Samba’ e um cover de ‘Samba em Prelúdio’ em um português, digamos, bastante esforçado. Na hora de conversar com o público o fazia em francês, causando uma bem humorada aflição nos que não dominavam o idioma. E como se esperava os pontos altos foram os hits ‘Je Veux’ e ‘Oni Ra’, que encerrou a apresentação. Zaz mostrou que já se sente em casa no Brasil aumentou um pouquinho o número de fãs por aqui. A próxima visita de certo já está agendada.

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