Olá, Ambrosianos, começando uma nova empreitada por aqui, que tratará da Literatura Infantojuvenil, semanalmente selecionaremos os melhores lançamentos, com uma breve análise de cada título. Vamos lá:
Joões e Marias
Os contos de fadas são uma fonte inesgotável de inspiração. A coleção Fábrica de Fábulas, que a Alfaguara está lançando neste ano, recria com muito humor os grandes clássicos da Literatura Infantojuvenil. A dupla de escritores José Roberto Torero e Marcus Aurelius Pimenta consegue recompor numa visão moderna e divertida os famosos contos já narrados por mestres como Perrault, irmãos Grimm, Andersen, Monteiro Lobato e Ruth Rocha. O mais recente da coleção é o Joões e Marias que usa da leitura como jogo, de uma maneira a levar os leitores a escolher o caminho, ou melhor, a trilha para chegar ao fim da história. De uma forma bem lúdica, o livro recompõe a famosa casa de doces e guloseimas do clássico conto infantil de João e Maria e insere outas formas para a casa: legumes, frutas, picolés etc. 48 páginas aonde encontraremos muitos outros modos de contar essa história. Há versões para todos os gostos, e cada uma tem um sabor especial. A história de João e Maria é uma só. Mas em Joões e Marias são quatro. Ou 1.024, dependendo dos caminhos que você escolher. Ler este livro é mais ou menos como fazer um bolo. E ele pode ser de chocolate, banana, sorvete ou… brócolis.
As ilustrações de Laurent Cardon são um show à parte, um exemplo ao lado:
O rabo do macaco
O rabo do macaco da Callis, recria o o conto folclórico O macaco e a viola, compilado por Câmara Cascudo. Escrito por Sonia Junqueira, a narrativa traz uma história com situações inesperadas. Vaidoso que só, o macaco passava semana sim, semana não na barbearia para dar um trato no visual. Até que um dia, por descuido do barbeiro, ele perdeu a pontinha do seu rabo. Inconformado, gritou e chorou muito, reivindicando a ponta de volta. Explicando que não era possível, o barbeiro deu a ele, como consolação, a navalha que o cortara. A partir daí, uma série de encontros e momentos inusitados acontecem, as ilustrações são de Rafa Anton em tons pastéis, bem caricatos.
O Urso pulguento
Parecia mais um dia comum. Sentado em um tronco, o urso aproveitava para ler um livro quando foi interrompido por uma forte coceira provocada por uma pulga. Ela só queria dizer ‘oi’ e mostrar que estava ali, mas a quase invisível personagem acabou causando muita confusão! A trama de O Urso pulguento, da “Brinque Book” (Traduzido por Gilda de Aquino), com textos e ilustrações de Nick Bland, é indicado para crianças a partir de 2 anos, para leitura compartilhada, ou a partir dos 6, com leitura independente. Simples, mas que tem o objetivo mostrar às crianças que a diversidade é um fator inerente à Vida e que deve ser tratada de maneira natural. Também pode-se abordar questões como individualidade versus vida em sociedade, e ainda mostrar que ajudar o próximo pode ser muito bacana!
A pousada intergaláctica: Aliens de férias
Um livro da inglesa Clete Barrett Smith traz uma abordagem do diferente para as crianças. Publicado pela Galera Júnior (Editora Record), a narrativa trata de como David…, ou melhor Toquinho — como ficou conhecido desde que interpretou, no colégio, um toco de árvore na peça Robin Hood — não estava lá muito ansioso para largar sua casa e seus amigos (ou melhor, seu único amigo) para passar suas preciosas férias na pousada da avó, bem no meio do nada. O máximo que ele esperava encontrar era um lugar chato e sem ninguém da idade dele, mas as coisas foram muito além de suas expectativas. Logo ele descobriu que sua avó era simplesmente a maior anfitriã terrestre para aliens de férias. Além disso, ela procurava desesperadamente por um ajudante. É claro que o escolhido para essa vaga era Toquinho, mas será que ele estava preparado para abandonar de vez seus planos de se tornar um garoto popular para ser camareiro de criaturas pegajosas, de pele cinzenta e três olhos?
Eis nossas dicas, o que acharam? Até, a próxima semana!
Muito legal a sua iniciativa com esta coluna. Gostei muito!