Planta parasita com formato de coruja vence concurso de fotografia

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No reino da natureza, onde a vida se entrelaça em uma tapeçaria de relações simbióticas e parasitárias, uma descoberta fotográfica capturou a imaginação do público e dos entusiastas da biologia. A imagem premiada da espécie Thismia thaithongiana, uma planta parasita que evoca a forma de uma coruja, foi destaque no World Nature Photography Awards de 2024.

A foto, tirada pelo fotógrafo Chatree Lertsintanakorn em um santuário de vida selvagem na Tailândia, revela mais do que apenas a peculiaridade estética da planta. Ela destaca uma espécie mico-heterotrófica, que, ao contrário das plantas fotossintéticas, obtém energia e nutrientes de fungos associados às raízes de árvores. Esta relação complexa é um lembrete fascinante da diversidade de estratégias de sobrevivência no mundo natural.

A Thismia thaithongiana, descoberta por cientistas em 2018, passa a maior parte de sua existência no subterrâneo, emergindo apenas para florescer e revelar sua forma curiosa que lembra os olhos misteriosos de uma coruja. A planta, que mede entre 2 a 8 milímetros de comprimento, é um exemplo vívido da arte da camuflagem e da evolução das espécies.

O nome local da planta, “Phisawong Ta Nok Hook”, que se traduz como “misteriosos olhos de coruja”, é um testemunho da sua aparência única. A planta interrompe a relação simbiótica entre fungos e árvores ao extrair nutrientes destinados às árvores, um lembrete de que na natureza, a beleza muitas vezes esconde complexas relações de dependência.

Adrian Dinsdale, um dos fundadores do World Nature Photography Awards, expressou seu entusiasmo com as inscrições deste ano, afirmando que as imagens submetidas continuam a impressionar e a destacar a beleza e a complexidade do mundo natural.

Este achado notável não apenas proporciona um vislumbre da biodiversidade da Tailândia, mas também serve como um lembrete da importância da conservação. Em um mundo onde as espécies estão enfrentando ameaças sem precedentes, descobertas como esta reforçam a necessidade de proteger os habitats naturais e a vida selvagem que eles sustentam.

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