Aclamado mundialmente por histórias de horror como Carrie, a estranha e pelo clássico O Iluminado, o escritor norte-americano Stephen King criticou publicamente, nesta quarta-feira (9), um projeto de lei do estado de Massachusetts, nos EUA, que pretende proibir a venda de jogos violentos para menores de 18 anos.
O “desabafo” foi veiculado na coluna semanal de Stephen, que escreve sobre cultura pop e afirma não ser um verdadeiro fã de videogames. Gostos pessoais à parte, o escritor classificou como um absurdo a atitude de políticos que querem assumir o papel de pais substitutos e ditar o que deve ou não deve entrar nas casas de milhares de cidadãos. “Os resultados disso são usualmente desastrosos, além de antidemocráticos”, afirmou.
Por fim, King sustentou a ideia de que, além de já existir um sistema de classificação etária, o ESRB, os jovens sempre encontrarão maneiras de obter os jogos considerados impróprios para suas idades. Na opinião do escritor, é fácil colocar a culpa por tragédias e chacinas na cultura pop e nos games porque, na visão geral, eles sempre serão ruidosos.
Concordo plenamente com a opinião proferida pelo Stephen King. É de teor autoritário sub-reptício o Estado tentar colocar-se no lugar dos pais ou até mesmo de “tutores” em relação à liberdade de escolha da sociedade. Além de que games e filmes violentos sempre são situados como bodes expiatórios, causadores de crimes violentos, quando as verdadeiras origens do crime são outras.
Concordo com o King também. Interessante saber que não é só no Brasil que games, RPG e quadrinhos pagam o pato da violência que tem suas causas em fatores beeeeem mais complexos.