Neste meu último artigo do ano, irei falar sobre minha equipe preferida… a Liga da Justiça.
Após os eventos que ocorreram em Crise de Identidade e que culminaram na desmantelamento da equipe, a DC entregou o título nas mãos de Brad Meltzer (o mesmo responsável por Crise de Identidade) e do desenhista brasileiro Ed Benes (adorado por alguns e odiado por outros). Mas fica a pergunta, eles realmente conseguiram levar a equipe a um novo patamar?
Todos vocês já assistiram Pinóquio?
Vocês sabem… aquele clássico filme da Disney muito bonitinho?
Um senhor faz um boneco de madeira… esse boneco deseja se tornar um menino de verdade mais do que qualquer coisa no mundo todo? Há uma baleia? Há um vilão malvado barbudo chamado Stromboli? Alguém se lembra?
Você realmente se lembra?
Legal.
Agora.
Feche os olhos e imaginem isto – Stromboli arranca o braço de Pinóquio e o come bem diante de seus olhos.
E isto é basicamente tudo o que é preciso saber sobre o primeiro arco da Liga da Justiça de Meltzer e Benes. É puramente Pinóquio.
A única exceção é que é extremamente violento.
Maravilhoso, não acham?
Certo, posso estar exagerando um pouco, porém o que mais chama a atenção nessa primeira história do relançamento da Liga é que o destaque recai justamente em um dos personagens mais improváveis!
Tornado Vermelho arrasa!
E sendo particularmente honesto, nunca dei o devido crédito ao personagem, sempre o comparei com o Visão dos Vingadores. E por que ele arrasa? Bem, diferentemente dos demais super-heróis, ele realmente quer algo.
Claro que lutar contra o mal é glamouroso, mas nada se compara a busca por humanidade que motiva o personagem.
John Smith deseja ser um menino de verdade. Simples. Lindo. Respeitável.
Meltzer apresentou umas das melhores histórias da Liga que já li, ele consegue colocar os holofotes em cima de personagens secundários como Tornado Vermelho, Raio Negro e Vixen. E apesar de o trabalho de Benes em algum momento ser muito estático, o desenhista prova que está ficando melhor com o passar do anos. Uma prova disso é a evolução na arte de Aves de Rapina para seu trabalho na Liga.
Como fã da equipe confesso que fiquei muito empolgado com a nova formação, mas com o passar das edições fui percebendo que o nível das histórias veio caindo e muito.
O arco seguinte foi um crossover entre a Liga da Justiça, a Sociedade da Justiça e a Legião de Super-Heróis, onde teve um grande estardalhaço apenas para trazer Wally West de volta. Em seguida Dwayne McDuffie escreve o arco onde os vilões do universo DC se unem sob a liderança de Lex Luthor, Coringa e Cheetah.
Para quem não sabe Dwayne roteirizou alguns episódio do desenho animado da Liga da Justiça. Porém, aquilo que pode funcionar no desenho não deve ser aplicado nos quadrinhos. Resultado, o leitor encara um verdadeiro samba do crioulo doido com um bando de vilões mal aproveitados onde o destaque do arco são Superman e Raio Negro.
Os arcos seguintes são inexpressivos, com roteiro muito ruim. No seguinte a Liga enfrenta o Esqudrão Suicida e após isso a revista da equipe entra na saga Crise Final e Zatanna ajuda a equipe a deter um Tornado Vermelho dominado por Amazo. Depois Vixen e Homem-Animal encaram o responsável por mexer com seus poderes.
Tudo muito fraco.
No ano que vem, na edição 31 aparentemente a Liga irá acabar mais uma vez. Quem irá permanecer na nova Liga? Espero que a Canário Negro não seja mais líder, porque ela é muito ruim no comando.
Torço pela volta de Grant Morrison ao título e que a equipe se resuma a 7 membros ou que pelo menos o próximo roteirista dê mais dinamismo aos membros.
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Bom, não sei se posso fazer isso, mas gostaria muito de agradecer a todos os leitores do site, é muito bom ver como as pessoas comentam meus artigos e gosto muito de ler o que vocês leitores escrevem.
Gostaria de desejar a todos os membros do site, bem como aos nossos leitores um ano novo repleto de realizações. Acredito que 2009 será um ano de muitas notícias e muitas novidades e não tenham dúvidas de que nós do ambrosia estaremos lá para cobrir e trazer as informações até vocês.
Por isso, mais uma vez, muito obrigado.
Victor Hugo Custodio