Quadrinhos

A questão da editora Pixel

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Pixel Magazine #1
Pixel Magazine #1

Na última quinta-feira, Cassius Medauar, então editor da Pixel, publicou no blog da editora uma nota anunciando sua saída do cargo de editor, passando a atuar como consultor freelancer. Só isto motivou diversos sites brasileiros a especularem todo tipo de bobagem sem qualquer fundamento concreto, anunciando tanto a falência quanto a retirada da Pixel do mercado nacional. Em meio ao tumulto todo preferi esperar a poeira baixar antes de falar qualquer coisa aqui.

Publicar quadrinhos não é um hobby e muito menos algo movido a paixão. É preciso deixar bem claro que ninguém na Ediouro decidiu investir pois gostava de quadrinhos e queria ver o material publicado com qualidade, mas sim pois parecia ser uma boa oportunidade comercial. A mesma coisa vale para a reformulação ou mesmo saída deste mercado, não adianta expressar suas mágoas nos comentários do site e esperar tocar o coração dos empresários que mandam no negócio.

O blog Spawn Alley colhetou algumas informações num artigo publicado ontem, nele algumas coisas chamam atenção. Primeiro temos o Odair Braz Jr., antigo editor da Pixel, dizendo que acredita que a Ediouro vai deixar de lançar quadrinhos sem qualquer embasamento concreto, o que ao meu ver é pura especulação ou dor de cotovelo mesmo. O Léo também falou com Cassius Medauar que confirmou ter saído por divergências junto a Ediouro, já Cassius acredita que Spawn deverá continuar mas não possui informações a respeito de outras publicações. Aqui vale abrir um parenteses e dizer que fui informado que Cassius já não está trabalhando na editora desde a semana passada, tendo sido afastado abruptamente.

Fábulas Pixel #1
Fábulas Pixel #1

Ainda no artigo do Léo, ele publica a seguinte mensagem da Dayana Faria, do SAC da Ediouro: “A Pixel continuará normalmente, mas com periodicidade de lançamentos ajustada ao momento econômico.” O engraçado aqui é que falei com a Pixel hoje e eles me disseram que estarão encerrando suas atividades no final do ano. Informações desencontradas? Acredito que não.

A Pixel pode muito bem continuar como um selo virtual da Ediouro, uma instalação física onera muito nos custos finais e chuto que este tipo de corte pode tornar novamente os quadrinhos da Pixel rentáveis. Segundo Henrique Ramos, editor chefe da Ediouro, em nenhum momento a Ediouro Quadrinhos e depois a Pixel Quadrinhos funcionaram no azul, algo que mais do que justifica este momento vivenciado.

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Minhas considerações.

Nunca comprei um Pixel Magazine ou um Fábulas Pixel por ser contra o Mix nos quadrinhos adultos e acho que foi uma aposta muito alta da editora, algo que além de consumir tempo e dinheiro não atingia bem o público específico deste tipo de material. Mas acho importante dizer que como colecionador torço sinceramente para que a Pixel/Ediouro continue atuando no mercado nacional. Além da excelente qualidade que sempre imperou nas publicações lançadas, a Pixel vendeu sempre a um preço bem mais atrativo que os concorrentes 😀

E sim, vou continuar comprando os encadernados que ainda não possuo e estão a venda nas livrarias.

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Sal -

on drums

3 Comentários

  • Muito estranha sua atitude, insuando que quem publicou a matéria antes de você faltou com a verdade e que você estivesse com a razão.
    Falando que certas pessoas estão com dor de cotovelo, que estão mentindo com relação a resposta recebida pelo SAC, criticando os leitores por se manifestarem.
    Dizendo que a Pixel está certa, mas a Pixel ainda não deu nenhuma posição oficial. Quem se omite está certo? Talvez para você que publicou um texto que parece ter sido escrito sob encomenda para melhorar a imagem manchada da editora.
    Uma atitude muito infeliz de sua parte.

  • Estranho que eu procure os títulos publicados e eles estejam esgotados, e a editora diga que nunca esteve no azul, ou vc diga isso por eles. Talvez com uma tiragem maior e um preço um pouco maior (visto que vc mesmo diz que eles são mais baratos e eu concorde), eles pudessem se estabelecer no mercado. De toda forma, ficar defendendo uma editora, é coisa de quem recebe para isso, afinal, eles vendem, o consumidor compra… e assim é a vida, claro que vou reclamar se não gostei deles encerrarem atividades.

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