Há exatos 80 anos surgia o Superman. Nascido na Action Comics #1, em 18 de abril de 1938, a criação de Joe Schultz e Jerry Siegel inaugurava a era dos super-heróis. Essa mitologia moderna que foi ganhando novos elementos e contornos ao longo das décadas. Passado todo esse tempo, o filho de Krypton já passou por todo tipo de reformulação. Ganhou um ponto fraco, pois achava-se que estava muito invulnerável. Já desapareceu, já morreu. Parte da árdua luta para se manter relevante. Frente a fenômenos mais jovens como o Homem-Aranha e os X-Men, o Super acabou sendo considerado um personagem defasado. Os jovens se identificavam muito mais com a humanidade dos heróis da Marvel, e até mesmo com seu companheiro de Liga da Justiça, Batman.
A associação feita de sua imagem aos ideais da sociedade americana do pós-guerra também mancharam um pouco sua reputação. Mas não há como negar: quando pensamos em super-herói, o primeiro que vem à cabeça é ele, o primeiro. O maior herói da Terra. E, sejamos justos, apesar de muitos menosprezarem a qualidade da maioria de suas histórias, o Superman ganhou arcos memoráveis, justamente quando já era considerado um personagem ultrapassado.
Como não lembrar de “O que aconteceu ao Homem de Aço?”, aquela coisa fina escrita por Alan Moore, desenhada por Curt Swan e arte-finalizada por George Pérez e Kurt Schaffenberger? Outra grande história inesquecível é “Para o Homem que Tinha Tudo”, também de Alan Moore com o Homem de Aço. De abordagem profunda e inédita, é vista como uma obra representativa na “Era de Bronze” dos quadrinhos – histórias publicadas entre 1970 e 1986.
Não podemos nos esquecer de “Grandes Astros”. Fazia parte de uma série mensal de histórias em quadrinhos, cuja proposta da série era colocar um time de bambas dos quadrinhos americanos revisitando o passado dos personagens. Super-Homem foi para Grant Morrison, com desenhos de Frank Quitely.
Se o Super é tão associado ao americano way, é irresistível imaginar o que aconteceria se, ao invés de uma cidadezinha da América profunda, Karl El tivesse ido parar na União Soviética. Foi o que Mark Millar concebeu em “Entre a Foice e o Martelo”. Ali, em vez de lutar por “… verdade, justiça e o American Way”, Superman passa a ser “… o Campeão do trabalhador comum que luta uma batalha interminável por Stalin, o socialismo e o expansão internacional do Pacto de Varsóvia “.
Sua identidade secreta, na verdade, é um segredo de Estado. E por falar em identidade secreta, outro arco que vale ser lembrado é o criado por Kurt Busiek. “Superman: Identidade Secreta” inverte os fatores, colocando Clark Kent como um terráqueo que descobre ter os mesmos poderes de seu xará famoso.
Em homenagem aos 80 anos do Homem de Aço, cinco autores da Revista Ambrosia elaboraram, cada um, seu ranking das cinco melhores histórias do célebre aniversariante. Confira:
Alexandre Giuberti
- Entre a Foice e o Martelo
- O Que Aconteceu ao Homem de Aço?
- As Quatro Estações
- O Homem de Aço
- A Morte do Superman
Bernardo Cury
- Grandes Astros
- Para o Homem que Tinha Tudo
- Identidade Secreta
- É Um Pássaro!
- Entre a Foice e o Martelo
Cadorno Teles
- O Último Filho de Krypton
- O Homem de Aço
- Entre a Foice e o Martelo
- À Prova de Balas
- Endgame
Célio Silva
- O Que Aconteceu ao Homem de Aço?
- Para o Homem que Tinha Tudo
- Entre a Foice e o Martelo
- As Quatro Estações
- A Morte do Superman
Cesar Monteiro
- O Que Aconteceu ao Homem de Aço?
- Grandes Astros
- Entre a Foice e o Martelo
- Paz na Terra
- O Homem de Aço
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