Fora do meio dos quadrinhos poucos devem conhecer Grant Morrison, mas o escritor escocês é indiscutivelmente um dos maiores roteiristas de HQs de todos os tempos, tendo seu trabalho influenciado – e muito – toda geração atual que se arrisca ir além dos combates heróicos e finais felizes. Entre seus principais trabalhos destacam-se a reformulação dos X-Men no início do milênio (posteriormente descartada por outros escritores menos competentes); a série de contra-cultura Os Invisíveis, publicada pela Vertigo de 1994 à 2000; a incrível minssérie All Star Superman, que reimaginou a mitologia do principal super-herói dos quadrinhos inspirando outros autores a seguirem seus passos; e finalmente Batman, onde há seis anos o escritor não cansa impressionar e surpreender os leitores do Cavaleiro das Trevas.
Para dar idéia do que Morrison fez com o personagem em suas mãos, Bruce Wayne descobriu ter um filho criado secretamente longe de sua influência por seu mais poderoso inimigo, posteriormente praticamente ficou maluco e perdeu o manto do Morcego para sua própria obsessão criminal, sofreu ainda a experiência de milhares de mortes nas mãos do maior vilão da DC Comics. Após estes eventos Morrison colocou o primeiro Robin como novo Batman e o filho de Bruce Wayne como novo Robin, numa aclamada série que revitalizou completamente a “dupla dinâmica”, e quando voltou com Bruce Wayne manteve Grayson como estrela da revista Batman e lançou a corporação Batman Inc, onde Bruce utilizou sua fortuna para treinar uma “exército” de Batmen por todo mundo.
[Foi então que a DC Comics reiniciou toda sua história]
Pois bem, caso não conhecia Grant Morrison, acredito que seu trabalho tenha sido apresentado. Partindo daqui traduzi abaixo a controversa declaração do escritor para a última edição da revista Playboy nos Estados Unidos, um parágrafo que já rendeu milhares de comentários e discussões pelos mais diversos sites e redes sociais da internet:
“Gayzice é algo instrínseco no Batman. Eu não estou utilizando gay no sentido perjorativo, mas o Batman é muito, muito gay. Não existe como negar isto. Obviamente como personagem fictíceo ele é heterossexual, mas a base de todo conceito do personagem é absolutamente gay. Acredito que seja por isto que as pessoas gostem dele. Todas mulheres o desejam e utilizam roupas fetichistas pulando sobre os prédios para agarrá-lo, mas ele não se importa – está mais interessado em andar por aí com um velho e um garotinho.”
Polêmica ou não, a declaração de Grant Morrison sem dúvidas possui base em toda história do personagem, da ridícula (porém divertida) série de televisão dos anos 60, passando pelas controversas e populares capas de revista da mesma época, até o momento atual, já que o personagem continua um solteiro convicto que recruta jovens garotos para combater o mal ao seu lado. Inclusive há quem diga que Bruce Wayne poderia ter se tornado padre caso não fosse bilionário e cheio de recursos 😀
Piadas a parte, hétero ou gay, Batman é um personagem fictício, e por mais de setenta anos atravessou diversas fases nas mãos de diferentes escritores e milhares de publicações – sem contar suas versões em outras mídias. Por isso vale encarar a declaração do Morrison de maneira saudável, afinal melhor para o personagem se ele possui esse apelo com leitores de ambas opções sexuais. E para apimentar mais este artigo, selecionei ainda diversas imagens controversas do personagem, que podem (ou não) reafirmar a frase de Grant Morrison.
Fonte ComicsAliance.
Olá, Camino, tudo bem?
Sou assessoro de imprensa da Editora Peirópolis e estamos tentando o envio de um exemplar do lançamento em quadrinhos Frankenstein, você poderia por gentileza nos enviar seu endereço?
Abraços,
Oi Kelle, na nossa página de contato tem o endereço: http://www.ambrosia.com.br/contato/ e nosso email é contato@ambrosia.com.br
Fico aguardando. Um abraço.