[este artigo contém spoilers]
Este é, sem sombra de dúvidas, o momento do Capitão América. Com a chegada do primeiro capítulo de Captain America Reborn nos EUA, a Marvel liberou, na semana passada, um prelúdio bacana de 8 páginas para serem lidas online no portal Marvel Digital Comics, ocm um hotsite muito legal do evento – que tem até merchandising oficial!
A história mostra a fuga de Pecado, a filha do Caveira Vermelha, jogando um mistério no ar: “quem disse que ele está morto?”, fala a personagem ao soldado que, propositalmente, lhe deixa escapar a mando de Norman Osborn. O proposito do líder dos Vingadores Sombrios aqui é descobrir quem realmente está vivo – o Capitão ou o Caveira – e como isso aconteceu. Com isso, vamos para a primeira edição da minissérie, lançada quarta-feira, dia 1º de julho, nos EUA.
Captain America: Reborn é uma minissérie em cinco edições planejada e escrita por Ed Brubaker desde que este matou o personagem há mais de 2 anos atrás, com o objetivo de recolocar Steve Rogers no universo atual da Marvel. O título dela nos remete a algo interessante, já que a tradução de “reborn” é “renascimento” e não “ressurreição”, termo que se aplica e muito aos quadrinhos americanos. Mas independente da discussão filosófica, o objetivo final é óbvio: o velho Capitão América está de volta e esta edição começa a explicar como isso se dá.
Este artigo não contará a história em si, mas os acontecimentos mais importantes e o que parece ser responsável por trazer Steve Rogers de volta à vida no século XXI. Brubaker optou por trabalhar com viagens temporais e outros elementos científicos. Basicamente, a narrativa da primeira edição se resume a nos mostrar que o Caveira Vermelha, num estranho pacto com o Dr. Destino, obteve a máquina do tempo do eterno líder da Latvéria, a qual está usando para transportar Steve pelo tempo. A prova disso está na arma especial usada para matá-lo no fim da Guerra Civil, agora em posse de Sharon Carter, que fez justamente o que a máquina faz. com isso, Steve Rogers está como o personagem Desmond, de Lost, no episódio em que o vemos viajando pelo tempo tresloucadamente, até que encontrasse sua “constante” – ou seja: o maior símbolo do sonho americano está preso em lapsos temporais sem saber o que está acontecendo consigo.
A inluência que a série de TV Lost passou a ter na cultura pop de hoje é realmente impressionante. A história em si brinca muito com os elementos de viagem no tempo, flashbacks e flashforwards, mas o que era pra ser bom acaba virando inimigo do premiado roteirista, colocando-o numa situação em que a volta do personagem acaba sendo mal explicada, não por faltarem detalhes, e sim pela escolha dos motivos. Até o momento, o que e sabe é que o Caveira Vermelha, neste misterioso pacto com o Dr. Destino, quer trazer o velho Steve Roger para o momento atual. Mas com que objetivo? Quais são as metas do vilão com esta atitude? Apenas colocar sua mente, atualmente sem um corpo, no corpo do Capitão – mais uma vez?
Tudo está bastante nebuloso, por enquanto. Ontem Brubaker deu uma entrevista ao site Newsarama sobre a edição #1, mas não revelou nada demais, a não ser ter explicado como Steve está preso no tempo se seu corpo chegou a ser enterrado e Thor até conversou com seu espírito. O autor usou a desculpa de que não se sabe o que um deus pode fazer ao entrar em contato com formas espirituais, muito menos em que momento do tempo isso se passa para o espírito do Capitão em si.
Captain America: Reborn é um evento que tem tudo pra dar certo, apesar de alguns erros cometidos, pois não se pode esquecer que ele é resultado de um planejamento que vem de 50 edições num total de 4 anos, e não uma coisa à parte. As próximas quatro edições é que vão dizer se esse fechamento será bom ou não.
E pra fechar, fiquem com a excelente capa de Bryan Hitch e Butch Guice para a edição #2 da minissérie.
Ah, o Capitão está voltando… que surpreendente.
O Caveira é só mais um vilão de quadrinhos, o objetivo de vida dele é o já explicado pelo Alan Moore com o coringa: simplesmente infernizar a vida do herói.