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Detonando a nova Liga da Justiça

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Esta é uma analise tendenciosa e destrutiva da Justice League #1, como o próprio autor do texto a definiu. Escrito por Daniel Braga.

Quase nada se salva dessa primeira edição da Liga “rebootada” de Geoff Johns e Jim Lee. A proposta é nitidamente uma jogada de marketing para tornar mais “acessível” e menos controverso e marginal os ícones da DC para sua obvia adaptação para o cinema. Para quem gosta da arte frenética de Lee, a edição já lança o leitor direto na ação, entre um Batman nitidamente baseado no ultimo filme que é encontrado também pelo Lanterna Verde da tela grande. Alias, o fato da história começar com os dois já seria o suficiente para se entender que não se trata de contar uma historia em quadrinhos e sim de se estabelecer uma jogada comercial, só.

O argumento de Johns é raso, o conflito entre os personagens passa apenas pela ideia do que eles são, não de seus dilemas em si ou de que um possível encontro entre dois seres tão diferentes poderia gerar. A piada de Batman roubando o anel do Lanterna seria boa se o contexto não fosse tão superficial. E pior, quase copiando as desculpas mais idiota que um roteiro de Hollywood, os dois personagens vão em busca do Superman pelo motivo mais sem pé nem cabeça possível, mais ou menos assim: Somos uma ameaça + Enfrentamos uma ameaça + A ameaça é alienígena + Superman também é uma ameaça e é alienígena = Vamos atrás do Superman! Como assim?

As personalidade de Batman do Lanterna e da rápida aparição do Superman são cínicas mas imaturas, exatamente como as versões atuais dos personagens dos HQs transportados para as telas: para tentar caracterizar uma maturidade, se opta pelo cinismo, o que gera o efeito contrário.

Já a aparição do Cyborg ainda na forma humana, como um “atleta magnânimo” mas que seu pai, um cientista tão ocupado em estudar os novos super seres que nem pode ir no jogo ainda não disse ao que veio, e mesmo que possa a parte mais dramática da revista, não empolga e ainda gera nos fãs antigos o questionamento: Porque colocar o Novo Titã como um membro da Liga, se Cyborg só fez parte da mesma na ultima temporada da versão animada dos Super-Amigos? A resposta parece óbvia e repetitiva: Marketing. Parece a criação de um elenco cinematográfico politicamente correto (ou quase, pois não tem o latino, só o afro-descendente).

Além de superficial o argumento de Johns nesse sentido é prepotente, pois tem a nítida ambição de se tornar um produto de fácil adaptação cinematográfica. A arte de Lee pode agradar muitos de seus fãs, mas é inferior se comparada à sua famosa entrada na série dos X-Men nos anos 90 ou ainda perde muito em estilo e linguagem visual em relação a sua série All Star Batman and Robin the Boy Wonder em parceira com o (verdadeiramente visionário) Frank Miller. Miller, a dois anos atrás, criou o encontro entre os dois personagens, Batman e Lanterna cheio de cinismo e piadas, que foi rasamente copiado por Johns.

Enfim, para os verdadeiros fãs de HQs, Justice League #1 é odiosa. Para os novos navegantes advindos da maquina midiática da Time-Warner, a revista é um passatempo que perdura no máximo alguns minutos na lembrança e nada mais.

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8 Comentários

  • Não achei ela tão ruim assim! Achei dinâmica e muito curta! Talvez por isso tenham achado ela rasa. Eu gostei e penso que os leitores novos também. E que isso foi uma jogada comercial a gente já sabia, como tantos outros reboots da Marvel e da DC. Sempre é comercial, ela tava com as vendas baixas e precisava de dinheiro. Espero apenas que venham histórias de qualidade.

  • Até concordo com o texto mas All Star Batman é tão ruim quanto esta Liga. Frank Miller deixou de ser visionário há mto tempo. E a arte do Jim Lee está no mesmo nível dessa série.

  • Bob, quem tem que se preocupar com ganhos, na minha opnião, é a empresa, não os fãs. E quando tem qualidade, vende mais e continua vendendo mais. Mas entendo o que vc quis dizer.
    Thiago, o fato do Miller ter sido copiado pelo Johns continua fazendo dele um visionário. Não quis dizer que All Star Batman é genial, como ele ja foi, mas é mais original do que esse argumento ai. Não concorda?

  • Daniel, concordo que é mais original, até pq o projeto tinha essa proposta de apresentar uma visão pessoal do autor sobre os personagens, então ele teve liberdade de mudar as personalidades e tal, mas n achei q ficou legal n (opinião pessoal msm).
    O Hal Jordan paspalho desta Liga está até parecido com o do Frank Miller. Mas a personalidade do Batman, apesar de que n dá pra dizer muito com esta primeira edição, vejo mais semelhança com o Batman do arco do Silêncio.

  • oba adoro estes rebus ,plantei uma escuta no escritorio do jim lee ,saca só o que ouvi
    caramba geoff todo mes a marvel da uma surra na gente e o material deles é piór do que o nosso
    putz coreia se tem razão ,mas caramba o que é que podemos fazer para não ir para o olho da rua
    vamos contratar o jim shooter o cara é um psicopata mas é muito bom no que faz
    se ta louco lee com o talento que o cara tem iremos parar na rua de todo jeito
    ja sei vamos chamar o bob harras ,dai rebootamos tudo ,com este monte de incompetentes que temos na mão , dai jogamos um lero em cima da dianne para liberar um cacau para fazermos um lançamento bombastico com a promessa que vai ser um grande sucesso ,se sabe que a unica coisa que emociona a dianne é um cacauzinho ,
    ta lee ótima ideia mas e os poucos caras de talento que nós temos ,eles não vão querer entrar nesta roubada o que faremos ?
    simples joga o super na mão do carecão ,o batman na mão do snyder e diz para eles fazerem o que quiser e o resto nós mantemos na redea curta
    classe coreia dai eu pego a liga e voce deixa de preguiça e desenha uns quadrão posados que seus fãs adora e vai ser caixa
    beleza no final vai ficar só o que presta mesmo ,dai ja se passou um ano depois é só jogar a culpa no incompetente do harras que vai ficar tudo certo
    é isso ai coreia ,quando a marvel voltar a dar uma surra na gente com suas tranqueiras sera muito tarde para a warner nos por na rua
    é verdade ,vamos assistir de camarote o dan didio e o bob harras ser crucificado em praça publica
    hahahahahahahahahahahah isso merece um toddy.

  • Primeira vez que visito o site e já favoritei. Concordo com todo o artigo. Depois de (aham) “ler” essa revista, tive que procurar aquelas histórias da Liga escritas pelo Morrison, pra desintoxicar um pouco.

    Mas o que me fez mesmo querer escrever aqui foi o comentário do aloisio costa de jesus. Rapaz, fazia tempo que não ria tanto assim! Comente sempre!

  • finalmente um fã com senso de humor seja bem vindo gustavo para apreciar nossos artigos aqui no ambrosia,faço parte do corpo de colunistas do site ,meio preguiça ,mas de vez em quando apareço

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