O primeiro dia do Geek & Game Rio Festival cumpriu a promessa de transformar o Riocentro, na zona oeste do Rio de Janeiro, em uma embaixada da nação nerd. Lá, foi possível ver cosplayers, painéis, colecionáveis e muitos, muitos games. Para todos os gostos. Há espaço para os indies, para os que estão em desenvolvimento, e, claro, para uma arena. A realidade virtual, que parece ter mesmo chegado para ficar, se faz presente em alguns stands.
E para a felicidade dos que cresceram nos anos 80 e 90, há arcades, as velhas máquinas de fliperama, com créditos infinitos. O que vos escreve confessa: é a área mais divertida do pavilhão. Cinquentões, jovens, crianças… todos unidos pela diversão que só aquelas máquinas cheias de sons podem proporcionar.
Partida entre Black Dragons e Dexterity
O intuito do Geek & Game Rio festival é dar destaque ao “e-Sports” (partidas de games). Para isso, reuniu duas grandes equipes do cenário em seu primeiro dia de exibição. De um lado, a equipe dos “Black Dragons”, primeira equipe latino-americana a se classificar para as semifinais do Pro League de “Rainbow Six: Siege”. Do outro, o “Santos Dexterity”, um dos times com a mais sólida base financeira.
O jogo selecionado para esse primeiro dia foi o jogo de FPS (tiro em primeira pessoa) “Rainbow Six: Siege” (versão PC) e contou com um total de cinco partidas de uma hora cada. Houveram também variações do cenário por partida e no inventario de armas dos jogadores. No final a vitória ficou para o Santos Dexterity, que triunfou graças ao placar final de 3×2.
Painéis
Dois painéis se destacaram no primeiro dia do GGRF: o do youtuber Zangado e do lendário desenvolvedor de games Tim Schaffer. Zangado pode ser considerado a primeira grande celebridade do videocast gamer no Brasil. No painel, além de falar de sua trajetória, ainda bateu um papo de dez minutos com David Lloyd, desenhista da graphic novel “V de Vingança”, de Alan Moore. Zangado, cuja marca registrada é usar sempre uma máscara, recebeu o artista com a icônica máscara do Anônimo, que também é usada por manifestantes no mundo todo desde o movimento Occupy Wall Street.
Tim Schaffer, uma das principais atrações dessa primeira edição do evento, foi recebido na Hiker Station (palco reservado aos painéis) por Bruno Carvalho, Izzy Nobre e Matheus Castro. Foi quase uma hora de papo com o criador de pérolas como Monkey Island, Maniac Mansion, Day of the Tentacle, Full Throttle e Grim Fandango. Ele contou do início da, do processo criativo daqueles jogos tão inventivos. “Uma mancha no papel xerocado podia ser uma inspiração para algo”, disse Schaffer.
O último painel foi uma discussão sobre Star Wars e seu criador, George Lucas. Gênio ou vilão? No final do painel de duas horas, Tiago Rex, André Gordirro, Anderson Gaveta e Affonso Solano chegaram à conclusão de que, apesar dos equívocos na trilogia prequel, Lucas é o criador e merece, sim, respeito. A Geek & Game Rio Festival vai até o dia 23 de abril.
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