Os quadrinhos brasileiros têm passado por diversas mudanças nos últimos anos no quesito editorial, com diversas editoras de livros arriscando investir no mundo dos quadrinhos (vide a Manole). Porém, nem tudo são flores, e infelizmente estamos também presenciando o encerramento de atividades relacionadas a estes, sendo o caso de maior destaque o da editora Pixel.
Esta notícia traz informações recentes de duas editoras que exemplificam o que está acontecendo: a Opera Graphica e a Companhia das Letras.
A primeira, já razoavelmente antiga no mercado, é mais conhecida por publicar materiais como o clássico Principe Valente. Ela, infelizmente, já dava sinais de que não estava tão bem, passando este ano de 2008 afastada do mercado; mas foi apenas nesta terça-feira (dia 16) que a editora anunciou o encerramento de suas atividades.
Antes de fechar as portas, porém, serão lançados três produtos: um relacionado a desenhos de animais, um livro sobre o Fantasma e o vigésimo volume do Principe Valente.
Enquanto isso, a Companhia das Letras toma um rumo oposto, apostando no mercado dos quadrinhos. No mesmo período em que recebemos as más notícias da Pixel e da Opera, a editora anunciou a criação de seu novo selo: Quadrinhos na Cia.
É com este selo que vêm as boas notícias: a editora promete fazer um bom investimento em lançamentos de hqs, com um programa que inclui 20 títulos no mercado até 2010, sendo uma parte destes brasileiros, como é o caso da obra Chalote, de autoria de Daniel Galera e ilustração de Rafael Coutinho (filho de Laerte), que ainda está em produção e possuirá aproximadamente 300 páginas.
Mas a questão principal parece ser a diversidade, inglobando materiais como Will Eisner, Art Spiegelman (Maus) e Marjane Satrapi (Perséfone).
Por fim, informo neste post que a Comix Book Shop, nesta segunda feira dia 22, promoverá um evento de despedita para a editora Opera Graphica. Todas as informações podem ser encontradas no folheto àbaixo.
Já não haviam hqs da cia das letras? a ultima edição do maus não é dela?
Felipe a Cia das Letras usava nenhum nome em especial e agora criou um novo selo, o que demonstra um maior interesse na área.
O Maus (ou pelo menos minha edição, que ainda é dividida em 2) foi lançada pela Brasiliense, a Cia, se não me engano, já lançou quadrinhos antes, mas a boa notícia, como o Camino já disse, é o surgimento do selo, o que torna o lado dos quadrinhos um “obrigatoriedade” e não mais um lançamento exporádico (ou assim espero : )