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Planetary: A Recapitulação, parte 3

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Continuando nossa jornada pelo universo de Planetary, hoje iremos descobrir mais sobre o passado de Elijah Snow e alguns dos segredos que ele desvendou em sua vida. Começaremos pelo começo do século XX.

Mapa Secreto

Planetary #13

O ano é 1919. O jovem Elijah Snow está diante de um castelo em algum lugar perdido em uma região apagada dos mapas da Alemanha em razão de algo horrível que aconteceu ali. Dentro do castelo vemos seus pensamentos e ele falando sobre um francês que esteve no local e viu o mapa secreto do mundo. Esse francês ao qual Snow se refere é Jack Griffin, o Homem Invisível criado por H.G. Wells. Mais sobre Wells daqui a pouco. Dentro do castelo, Snow chega a um lugar que parece o laboratório de um cientista louco, e é bem isso. Aqui vemos a versão de Frankenstein de Mary Shelley, uma espécie de homens lagartos que mais me lembraram o Monstro da Lagoa Negra. Após derrotar os monstros, Snow encontra um mapa elétrico do globo, como era visto pela Conspiração que o Barão Frankenstein fazia parte. Nele, vemos diversas cidades aparecendo mais e uma grande marca no coração da África, mas eu volto a esse marco lá embaixo. Voltando, passa-se um ano, Snow está em Londres, na famosa Baker Street, em busca do maior detetive da história. Ele encontra um já idoso Sherlock Holmes e começa a falar com ele sobre o grupo de conspiradores do século XIX que Holmes fazia parte. Nisso, por detrás de Holmes, surge Drácula! Chute em Dracula (Small)Ele chama Snow de essa coisa e o ataca. Snow o congela e desfere um de seus famosos pontapés no saco de Drácula. Após isso, Holmes diz a Snow que ele um grupo de Cavalheiros Extraordinários queriam criar uma conspiração aberta, como Wells queria que fosse chamada, para mudar o mundo e construir um Belo Mundo Novo, mas perceberam que suas mudanças só eram boas no papel, o que os fez ir para as sombras. Snow então pede para aprender a ser um detetive como Holmes e assim, por cinco anos ele aprendeu, até a morte de Holmes por velhice. Difícil de comentar essa história. A narração de Ellis conciliando fatores da Liga de Alan Moore com os personagens da virada do século XIX e seus monstros fantásticos, até a idéia de uma conspiração aberta para mudar o mundo que não deu certo porque o mundo não estava pronto para ela.

Planetary # 14

Estamos em 1995 e começamos vendo Snow e um dos cientistas do Planetary analisando uma das armas encontradas dentro de uma nave dos Quatro que Ambrose derrubou sobre o Brasil. A arma é uma bengala que, ao ser golpeada contra algo, se torna um martelo enorme, cheio de aparatos mecânicos. Expandindo o efeito, Snow entra na sangria e chega a um planeta que foi totalmente exterminado e serve de depósitos as armas dos Quatro. Mjolnir (Small)No Ártico, vemos uma base do Planetary sendo invadido por Kim Suskind. Começa uma batalha dentro da base. Primeiro Ambrose derruba Kim. Jakita derruba William Leather que invade atrás dela. Porém, Dowling, sendo o mentor do grupo, simplesmente vaporiza ou teleporta toda a base com todos dentro. Preso, Dowling oferece duas saídas a Snow. Ele se submete a uma série de bloqueios de memórias ou então ele mata o grupo do Planetary. Snow aceita, mas diz a seus subordinados que eles não devem deixar os Quatro vencerem e não devem ir atrás dele. Com um adeus, vemos como Snow perdeu suas memórias.

Planetary #15

Carlton Marvel

Inicialmente vemos algumas páginas contando como os aborígenes australianos acreditam que o mundo foi cantado à criação e que os antigos que foram despertados por estas canções foram dando nomes a todas as coisas. Após esse prelúdio, vemos Snow e Jakita visitando a casa de Larissa Chase, esposa do desaparecido Ambrose Chase. Após, ouvimos uma conversa de Snow com Wilder com ele querendo saber mais sobre Anna Hark. Após, Snow fala com Axel Brass sobre o passado dos dois e sobre a cidade perdida de Opak-Re e sobre algo envolvendo o passado de Jakita, mas isso é em outra história. Enquanto isso, o Baterista chama Snow pelo telefone. Algo está acontecendo no Rochedo Ayres na Australia e os Quatro estão envolvidos. Snow fala sobre Carlton Marvel, um explorador, que cansado de explorar a Terra, resolve ir a outros lugares. Usando a idéia do tempo dos sonhos, ele usa uma canção específica no Rochedo Ayres e adentra o tempo dos sonhos e faz Snow prometer não contar nada a ninguém. Os Quatro tentam fazer o mesmo, mas Snow omitiu parte da música em seu Guia Planetary de 1932, o que faz com que ele emita uma ordem para que, ao invés de abrir o portal para o Tempo dos Sonhos, a canção dos Quatro acorde o Antigo que dorme no Rochedo. Ele acorda e destrói a nave dos Quatro, sendo posto para dormir logo em seguida, mostrando que Snow e o Planetary estão de volta ao jogo.

Planetary #16

Afinal, vemos a história da dinastia Hark, nascida na China antiga e criada para garantir que o Sol sempre irá nascer. O começo da história é sobre Hark Ah Lien e sua luta contra um adversário que quer o segredo do ataque das estrelas noturnas. O que decorre disso é uma luta ao melhor estilo cinema de Kung-Fu dos anos 70 ou do filme “O Tigre e o Dragão” com Hark e seu adversário lutando em cenas cinematográficas com Hark chegando ao ponto de chutar a água contra ele, cortando seu rosto com os respingos desta. Hark então mostra o golpe a seu adversário, matando ele em uma fúria que lembra muito a Cólera do Dragão.

Golpe das Estrelas (Medium)

Chegamos ao presente onde Snow finalmente confronta Anna Hark e simplesmente faz a ela uma proposta irrecusável. Ela o ajuda e em troca ele fala para ela onde James Wilder se encontra. Percebe-se que Anna tem algum sentimento por Wilder e Snow brinca com ela enquanto pode, falando que ela armou a explosão e jogou Wilder sobre a coisa toda para poder criar um superhumano. Somente após Hark aceitar trabalhar para o Planetary é que Snow chama Wilder para o escritório de Hark onde ele aparece ostentando seus novos poderes.

Planetary #17

Opak Re

Voltamos a ver o passado de Snow e agora vamos ao coração da África conhecer a cidade perdida de Opak-Re (lembram o mapa que eu falei lá em cima?). Pois é, o ano é 1933 e Snow está navegando atrás da cidade perdida de Opak-Re. Ele vê a cidade dourada no meio das árvores, mas se sente observado. Ao aportar, uma cobra gigante o ataca. Ele a derruba, mas ela volta a se levantar, é quando surge Tarzan!! Quer dizer, não é o Tarzan, mas a versão dele para Planetary: Kevin Sack, Lorde Blackstock, que estava no grupo de Axel Brass. Os dois entram em Opak-Re e então vemos a sociedade de Opak-Re, muito mais avançada que qualquer coisa imaginável e ainda assim, simples em seus costumes. Eles acolhem Snow pela sua experiência com o mundo exterior. Lá, ele mantém relações com Anaykah, uma das intelectuais da cidade. Ele porém, é avisado que eles não aceitam que ele se reproduza com uma das nativas. Snow deixa Opak-Re  pouco depois e promete voltar em um ano. Quando está de volta, a cidade está sendo selada e Anaykah o encontra na entrada com uma criança. Filha dela com Blackstock porque os dois ficaram entediados. Ela volta a cidade e abandona Snow com a criança, pedindo que ele cuide dela. Snow a chama de Jakita e pede a família Wagner da Alemanha que cuide dela. (Alguém mais lembrou de Noturno?).

Planetary #18

Gun Club

Começamos no presente, John Stone se encontra com Snow, entregando a ele um desenho de uma órbita de um objeto que está vagando por volta de 150 anos entre a Terra e a Lua. O objeto volta a sua origem, 150 anos após seu lançamento. Um bólido de aço cai dos céus e logo William Leather está no local para captura-lo. O Planetary arma uma armadilha para ele em um de seus helicópteros que explode e o joga ao chão. Jakita age com sua super velocidade e o derruba com uma seringa das Corporações Hark. Examinando o objeto, eles verificam que parece uma esfera de aço lacrada e oca por dentro. Jakita a abre e encontra o corpo de 3 homens que, aparentemente, em 1851, foram lançados ao espaço dentro desta capsula, sem propulsão, usando um canhão gigante. Nas fotos que eles encontram no local, diversos retratos dos astronautas e um livro com os homens e mulheres presentes, entre eles, Julio Verne. É um mundo estranho e ele sempre vai ficar assim.

Vou parar por aqui porque as edições # 19 e 20 são em sequência e podem ser tratadas como uma só, onde iremos conhecer finalmente Jacob Greene, o coisa do grupo dos Quatro. A próxima parte será a última, preparando todos para o lançamento da edição #27 no dia 7 de outubro. Até lá.

J.R. Dib

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3 Comentários

  • Muito legais essas resenhas do Planetary, as referencias que o Warren Ellis faz são realmente de tirar o fôlego. Mas tu esqueceste de citar que na ed 14, o método usado para “transformar” o cajado em martelo é o mesmo descrito pelo Alan Moore para a “transformação” do Mike Moran em Miracleman (trocando-se a chave harmônica do universo – kimota – pela batida do cajado do Thor), até a cena do planeta (pra mim pareceu um universo inteiro) transformado em sala de armas remete a uma cena de Miracleman, onde aparecem milhares de corpos guardados em um “universo-deposito” (isso muitos anos antes da cena de preparação de Neo e Trinity pra resgatar Morpheus no primeiro Matrix)

    []´s

    • Verdade, essa passou batido. Mas convenhemos, tem muito mais citação nas edições do Planetary. O que eu faço aqui é atiçar a curiosidade do leitor. Mas foi muito bem lembrado essa vulcão.

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