Sandman 20 Anos

Lorde Morpheus, o moldador.
Lorde Morpheus, o moldador.

Este mês a minha série de quadrinhos preferida completa seu vigésimo aniversário. Há vinte anos atrás, em janeiro de 1989, o Dr. John Hataway batia na porta do místico Alex Burgess em Sandman número 1, o resto é possivelmente a maior obra prima nas histórias em quadrinhos e uma metáfora perfeita para a mitologia contemporânea.

Não espero introduzir a série nesta breve apresentação, se por algum acaso você a desconhece, desligue seu computador e aproveite o relançamento do primeiro arco pela Pixel, ou peça o seu original em inglês. Sandman é um quadrinho que já nasce meta-linguístico, é uma história sobre o príncipe das histórias, uma entidade mais conhecida como Sonho dos Perpétuos, uma família de seres que são representações de aspectos da realidade e da consciência (Destino, Morte, Sonho, Destruição, Desejo, Desespero e Delírio).

Sandman atraiu a atenção de muita gente que não gostava da mídia de HQs, arrebatando os mais diversos fãs e vencendo prêmios de literatura nunca antes (e até hoje) ganhos por semelhantes. Para mim é particularmente difícil de se escrever sobre a série. Ainda me lembro da primeira vez que li, era a edição de número dezessete (publicada originalmente em Junho de 1990), Callíope, onde a história da Musa de Homero era retratada. Me apaixonei tão completamente por aquilo que no fim de duas semanas já tinha lido as 75 edições e os especiais (coisa que depois refiz dezenas de vezes).

É engraçado pensar também o quanto o Ambrosia em termos de equipe, deve a série Sandman. Foi em um fórum, o Sonhar, há muitos anos atrás que eu vim a conhecer e me tornar amigo do Camino e do Lam. O Camino inclusive chamou outras pessoas daquele local para participar conosco no portal, como as Anas (Constantine e Lovejoy). A partir daí a equipe se formou, o Camino chamou o JR Dib, o Lam chamou o Victor, eu chamei a Diana, o Bruno e o Nume. É bastante provável que sem Sandman não houvesse Ambrosia, ou que este site, fosse inteiramente diferente de sua configuração atual. Hoje posso afirmar que com certeza minha vida teria enveredado por outros caminhos sem a obra prima do senhor Gaiman.

Espero que ao longo do mês, eu junto com o resto da equipe do Ambrosia, possamos compartilhar de nossa paixão por essa obra com vocês, a partir de nossas resenhas, artigos e até mesmo uma grande promoção.

Bons sonhos,

Felipe.

Nota: Quando não explicitadas, as citações em todas as matérias do especial, foram retiradas da obra original (e seus respectivos comentaristas) assim como de livros sobre a mesma (o principal é o The Sandman Companion).

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Comentários 4
  1. Caras… todas essas matérias especiais sobre Sandman estão sensacionais!

    Duvido que qualquer outro site de tamanho tratamento a essa obra magnífica (que põe Watchmen no chão, falem o que quiser, mas Gaiman é O CARA, enquanto Moore é um pateta das cavernas birrento).

    Mais do que parabéns, muito mais. Trabalho excepcional.

  2. Nossa, ainda bem q Sandman axeite pra poder existir Ambrosia. Nunca li Sandman e sei isso eh um pecado, jah ate arranjei por meios “alternativos”, mas prefiro ler no livro com capa dura e tals.

    Parabéns.

  3. Felipe, com ctz esta se tornou tb minha série de quadrinhos favorita…e graça a vc,jáque foi vc q me emprestou o primeiro volume! 🙂
    Muito boa a matéria!!Parabéns!

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