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CthulhuTech: Mechas contra os Grandes Antigos!

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Capa de Vade Mecum, segundo suplemento do jogo
Capa de Vade Mecum, segundo suplemento do jogo

Se você é um RPGísta minimamente informado, certamente está familiarizado com o jogo Call of Cthulhu, seja sua versão original, seja sua versão d20 pela Wizards of the Coast. Embora apontado pela crítica como um grande jogo de horror, as regras de insanidade acabavam frustrando uma parte significativa dos jogadores. Afinal, dizem eles, para que jogar uma campanha em que, quanto mais eu evoluo, pior eu fico? Isso acabou por relegar ao jogo uma fama de “alternativo” e “só para intectualóides” que não corresponde à realidade.

CthulhuTech, indicado ao Origins Awards desse ano na categoria RPG, é um cenário inovador que mistura os elementos de horror cósmico de Call of Cthulhu com os mechas de Neo Genesis Evangelion, Robotech, Gundam Wing e elementos de ficção científica em um cenário onde, mesmo que você ainda fique maluco, pode arrebentar o Grande Cthulhu em um mecha biomecânico.

Produzido pelo estúdio WildFire e originalmente publicado pela Mongoose (Conan d20, Wraith Recon), o cenário passou para as mãos da Catalyst Game Labs e deve ganhar dois livros capa dura e coloridos nesta terça-feira, dia 14 de outubro. Pena que o dólar esteja tão volátil, além do cenário inovador e atraente, a arte interna é espetacular!

Capa do CthulhuTech Core Book
Capa do CthulhuTech Core Book

O sistema de jogo, baseado em dados de dez lados e chamado de framewerk, é voltado para combates cinematográficos de forma simples e intuitiva, ou ao menos é essa a propaganda oficial no site do jogo. Se eles realmente conseguiram isso, foi uma boa sacada. Se o interesse é dar espaço para os jogadores interpretarem os momentos de horror, mas ainda assim terem chances de saírem na porrada com monstros alienígenas colossais, é bom que o sistema não atrapalhe ambos com regras demais.

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22 Comentários

  • Olha ate que deve ser uma propsota interessante essa, mas sinceramente naosei onde que eles querem inserir o horror ai.A grande maioria dos personagens vai jogar com intenções óbvias de combate insano e só isso…

  • Bah! A arte pode ser mesmo espetacular (considerando a capa do negócio) mas com certeza é para fãs de anime e para os jogadores “slashers”, hehehe

  • Ou para um grupo de pancadaria que quer tentar o horror sem perder as chances de descer a porrada, né? Gostei muito da proposta, lembrando que ele foi indicado ao Origins, então ruim não deve ser, por mais que parece bizarro ao jogador comum de Call of Cthulhu (que nem deve ser o público alvo de algo assim).

  • O jogo é fantástico! Eu tenho e recomendo.
    Ele não é “animê”, mas possui alguns elementos, tais como os robôs gigantes.
    De fato, não é um jogo para todos os gostos.

  • E o sistema, é mesmo o que eles prometem ou deixa a desejar? Eu pretendia comprar o danado, mas agora com essa alta do dólar me vi obrigado a esperar uma queda expressiva para que ele possa entrar na minha lista de compras.

  • Vou ser sincero: não gosto de robôs gigantes (exceto evangelion)…. gosto menos ainda quando juntam isso com o tema de call of cthulhu, que não foi pensado para se enfrentar de volta. O Horror não é horror quando se é um robô de 30 metros com capacidade de bater no que te asusta…. sei lá, não jogaria não….
    E você não fica pior quanto mais joga…. você só fica mais louco, por que existe sistema de evolução em coc, e suas skills aumentam constantemente…

  • Mais aí é que está, Felipe, não é todo jogador que aceita ir ficando cada vez mais louco. Eu também acho que o argumento não é correto, mas também tem lá seu fundo de verdade, já que o destino final de todo pesquisador do oculto é ficar doido. Só que o que rola é que o pessoal tem que entender que não é o destino que importa, mas a viagem até lá.

  • Eu digo e repito: Para fãs de anime mechas e para jogadores “slashers” que gostam de direcionar sua agressividade para algo palpável. Não é para todos os gostos e, certamente, não é o horror cthulhiano que aprecio. Só um produto bonito que se aproveita do nome.

  • Eu não sou tão purista assim. Diabos, sou Brasileiro, meus avôs maternos eram indíos Carijós e os avôs parternos Italianos vindos de Pisa, trabalho num lugar que vende comida tipicamente Americana com um jeitinho Brasileiro e mil outras coisas do tipo fazem parte da minha vida, com tanta coisa misturada, eu lá vou me preocupar por que alguém misturou Call of Cthulhu com anime de mechas?
    Ah, antes que eu me esqueça: nenhum produto que só é bonito e se aproveita do nome dos outros consegue ser indicado ao Origins, Álvaro. Tu tem o direito de não gostar da idéia, mas não acho que tenha embasamento para falar do conteúdo.

  • Tudo bem, tuuudo bem…talvez eu tenha exagerado e passado a impressão errada (de que sou “purista”). Agora, sim, não gosto da idéia de se encarar os Grandes Antigos de frente, portando robôs lutrosos e máquinas poderosas! Cadê o clima de mistério e de pequenez humana frente ao desconhecido (base, salvo engano, do universo dos Cthullu Mythos)? Como expressar desespero e loucura, se existe a possibilidade (ainda que mínima) de se sobrepujar (com tecnologia e armas vistosas) a nossa insegurança?
    Indicado ao Origins? Tudo bem, vamos ver se ele ganha! hehehe E se ganhar, o que isto provará? Que o “produto bonito” agradou aos consumidores, hehehe

  • Também não é bem assim, Álvaro, o Origins é concedido anualmente, há trinta e quatro anos, pela Academy of Adventure Gaming Arts and Design e pela Game Manufacturers Association, é muito difícil ganhar o prêmio e apenas os melhores jogos do mundo são indicados a cada ano. Este ano, CthulhuTech foi indicado, mas o ganhador foi Aces & Eights, um jogo cujo tema é o Faroeste Americano (do qual eu tenho certeza que o Felipe já falou por aqui).
    Ou seja, não tem nada a ver com os produtos mais votados pelo público ou coisa assim, este é o ENnie’s Awards.

  • Gosto do trabalho que a Catalyst Game Lab anda fazendo com Shadowrun. Assino até o twitter deles e vejo muita coisa boa. Os desenhistas que trabalham pra Catalyst são fantasticos, até agora não me decepcionei, creio que se Chulhutech use os mesmo ta explicado.
    Agora realmente… Mechas, Cthulhu e tudo mais… parece estranho. Só lendo pra ver se ficou decente…

  • Só me ficou uma questão agora, vocês também não gostam de Call of Cthulhu em uma ambientação moderna? Por que, tipo, se o Cthulhu aparecer e tentar dar uma de gostoso (imposssível, mas vamos dizer que aconteça), vai acontecer como em Cloverfield, ele vai dar uma surra no exército, vai rir da aeronáutica e da marinha e essas coisas. Mas no final vai levar uma ogina nuclear nas fuças e vai virar um horror cósmico torrado para estudos.
    É importante lembrar que o Lovercraft era de uma época em que a arma mais mortal no campo de batalha era uma metralhadora browing .30 e meia dúzia de armas quimícas. Então, mesmo que vocês não gostem, é preciso entender que hoje em dia a humanidade poderia matar boa parte dos Grandes Antigos em uma guerra de grandes proporções.

  • Eu tenho o livro e posso dizer: é diferente de tudo já lançado até hoje.
    O cenário é envolvente, as idéias utilizadas são fantásticas e o sistema parece um jogo de poker.
    Para quem não jogou, jogue. O jogo é muito bom e dá uma nova dimensão aos mitos de Cthulhu. Muitos amigos meus pagaram a língua após jogar Cthulhutech.

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