O lançamento do RPG Old School brasileiro Old Dragon

6
5

Se você é um daqueles jogadores que conheceu o jogo de RPG D&D (Dungeons and Dragons) a muito tempo atrás e não conseguiu gostar da “era d20” iniciada na terceira edição de D&D e a atual quarta edição talvez você esteja no time que pode voltar a rolar alguns dados com o jogo Old Dragon. Mas se para você as primeiras edições de D&D ou o AD&D (Advanced Dungeons And Dragons) são os melhores RPGs sem sombra de dúvida, o Old Dragon também pode ser uma boa opção para vocês!

Acompanho o trabalho de Antonio Sá Neto (esse desde o Pop Dice até atualmente nos Paragons) e seus companheiros Fabiano Neme (Vorpal) e Dan Ramos (Pensotopia e agora Paragons) com esse “velho dragão” desde que o projeto foi anunciado entre os blogs e listas de discussão. Eles sempre deixaram bem claro o objetivo de criar um RPG Old School, que para quem não sabe o que é, no movimento para um rpg Old School um jogo busca trazer para os dias de hoje todo aquele jeitão antigo de se jogar RPG, não só aqueles elementos aleatórios com masmorras complexas e difíceis de encarar, mas também a forma de se jogar e todo o espírito que o jogo invocava na época.

Sou extremamente simpático ao projeto, talvez por que esse autor que vos fala tenha começado a jogar rpg com a famosa caixa com o dragão vermelho da Grow e sempre senti que existe alguns aspectos divertidos nesses primeiros jogos que se perderam com toda essa “modernidade” dos sistemas de hoje. Nada mais justo que resgatar um pouco dessa essência, que tem também um outro aspecto muito positivo, ele revive a vontade de jogar de velhos jogadores já “aposentados” que deixaram de gostar das novas versões de seus velhos brinquedos, coisa muito comum entre os jogadores das antigas versões de D&D.

Uma coisa me surpreendeu na descrição do Old Dragon é que ele não é um retroclone, uma copia de um jogo antigo com uma nova roupagem, na maioria das vezes, de uma das primeiras edições de Dungeon and Dragons como se vê muito por ai. Muito pelo contrário, ele na realidade pega um pouco de cada uma das primeiras edições de D&D, dos primeiros jogos de D&D até o famoso AD&D. Outro detalhe interessante do jogo Old Dragon é que ele está sendo testado pela sua comunidade de fãs saudosistas através de playtests desde novembro de 2009. Ouvir o que os jogadores querem do seu jogo é muito importante para o sucesso do mesmo, a menos que me digam que mostrar para eles que a forma contraria da qual eles tanto querem jogar é o caminho mais fácil para o sucesso, coisa que eu duvido muito…

Mas será que o Old Dragon é bom mesmo? Se for pela base de fãs fiéis que ele conseguiu não há dúvidas! Um box especial estava sendo vendido com dados e outros brindes em uma quantidade bem limitada (50 unidades) e todos já foram vendidos em uma hora! Eu disse UMA HORA! Agora está disponível apenas para pré-venda chegando a casa do comprador até o natal apenas o livro básico com mais ou menos 115 páginas pelo valor de R$ 19,90. O livro tem formato A5, papel couché, capa colorida e interior em preto e branco. E possível comprar o livro por esse link.

Se eu recomendo? Eu já vou encomendar o meu. É claro que sou suspeito pra falar, mas se ficaram interessados ou no mínimo curiosos, vale conferir o site oficial do jogo, baixem o Old Dragon Fast-Play e tirem suas conclusões. E desde quando os jogos antigos tinham Fast-Play? Pois é, esse Old Dragon não é tão “Old” como vocês imaginam…

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

5 thoughts on “O lançamento do RPG Old School brasileiro Old Dragon

  1. Adorei o teu artigo, Phil, e agradeço cada palavra dele. É muito gratificante tanto pra mim quanto pro Dan quanto para o Antonio ver o reconhecimento do nosso trabalho nessas últimas (e insanas) 36 horas. O Old Dragon é um orgulho muito grande pra mim e espero que vocês se divirtam tanto jogando quanto nós nos divertimos escrevendo 🙂

  2. Faço das palavras do Neme, minhas tb!

    Valeu pela escolha das palavras Phil! Obrigadão

  3. Ah, só pra constar: os jogos antigos tinham sim versões "fast play", vide a edição do J. Holmes do D&D, o basic D&D do Mentzer e do Moldvay e a própria caixa preta da Grow. Tudo isso é D&D fast play e old school! 🙂

  4. Depende Neme, até aonde sei Fast Play seria um conteúdo resumido que dá pro jogador um gosto do que seria o sistema, uma prévia. Pelo menos no caso da caixa da Grow me parece muito mais um produto que ajuda iniciantes a serem introduzidos a aquele universo de regras. Apesar de parecidos acho que existe uma diferença, um procura um publico que já conhece RPG e o outro quer ajudar a criar mais jogadores.

    Mas basic D&D e a edição do J. Homes não sei nada e nesses casos pelo menos o Basic D&D realmente me lembra pelo nome um fast play 🙂

  5. A caixa do Grow realmente NÃO é um fast-play. O Phil tem razão, mas o Basic do Holmes sim. As regras são resumidas, as opções limitadas ao nível 3 e há uma aventura chamada de módulo introdutório, que ensina as pessoas a mestrarem.

    É com certeza uma porta de entrada para o AD&D 1e.

    Valeu Phil!