Essa semana, um grupo de autores do meio indie anunciou a criação de uma nova editora de RPG: a One Bad Egg. Criada a partir de uma das mais criativas desenvolvedoras de jogos dos últimos anos a Evil Hat Productions, responsável por jogos como Don’t rest your head e Spirit of the Century, em união coma a empresa menor Blue Devil Games, que tem livros como Poisoncraft e Helios Rising. A nova empresa será inteiramente dedicada ao lançamento de livros para a quarta edição de D&D, por enquanto apenas em PDF, mas prometem trazer ao papel aqueles que derem certo.
O objetivo da editora é trazer um novo tipo de livro para o D&D, nada de listas de feats ou itens mágicos, a idéia aqui é se concentrar em produzir boas histórias. É trazer novas formas de se enxergar o mundo de D&D dando idéias e abordagens diferentes do usual. Os livros girarão em torno de bases para os mestres desenvolverem novas histórias. Eles dizem que serão a companhia que vão olhar para um anel de invisibilidade e ficarão insatisfeitos até transforma-lo no Um Anel.
A intenção é remodelar o conceito do que um suplemento deve falar. A idéia é colaborar com jogadores e narradores como irmãos, e não conte-los. Com seu primeiro projeto, a linha Worldseeds, que é basicamente sementes, idéias básicas para novos mundos de D&D, que serão construídos nas mesas e não nos livros. Basicamente serão mundos modulares, onde o narrador acrescenta apenas aquilo que ele quiser, sem existir um metaplot oficial. Algo bastante semelhante ao que a WW fez no reboot do Mundo das Trevas, que se tornou um caixa de ferramentas, ao invés da tortuosa história que era antes. A idéia da One Bad Egg é que eles não serão tipo de livro que dirá: “tome cuidado, sua história pode divergir da nossa”, ao contrário a intenção deles é dizer: “aqui está um combustível fantástico para a sua história. Agora vá dirigir”.
Sempre que possível eles tentarão fazer um “por trás da cortina” onde será exposto o que estão produzindo. Eles almejam que o público seja bem vindo e colabore com os mesmos.
A apresentação do projeto da One Bad Egg é muito boa. Realmente uma atitude muito legal que quase nunca atinge a jogos como o D&D, que mais do que nunca precisa de empresas fora a wizards para produzir jogos (tendo em vista o fracasso da GSL).
Huuum…o esquema “toybox” deu certo para a WW, ouso dizer, pois o games studio nunca se preocupou com a construção de uma “tradição” com seus jogos e ambientação. D&D possui uma “tradição” de imutabilidade de mais de 30 anos (o fato de se investirem em cenários já bastante assentados nas expectativas dos fãs, vide Forgotten, Ravenloft, sempre se especulam sobre eles, sempre que uma nova edição é lançada), que influencia, de ceta forma, o modo de jogar. Faço votos que a “Ovo Podre” consiga lidar bem com isso.
PS: D&D é que nem Gramática Normativa, há o peso dos séculos…hehehe
Vão ser livros de cenários e ambientação sem muitas regras? Será que os jogadores americanos vão comprar? O que mais vende em D&D é regra, não?
Bom, a idéia é parece boa, ,mas a da Paizo com Pathfinder ainda é melhor.
Não sei ivegan, mas tomara que dê certo, o D&D está precisando, ontem foi o dia oficial para se lançar suplementos da quarta e não saiu nada…. Culpa da política burra da Wizards…
Realmente renovar os ares de vez em quando faz muuuuito bem!
Também espero que de certo, quem sabe dai eu gosto mais da edição nova…
Olá Felipe! Gostaria de parabenizá-lo pelas suas matérias. São muito bem escritas e informativas.
Gostaria de deixar uma sugestão: se possível, escrever uma matéria que falasse sobre a falência da TSR. Vi muita coisa na Wikipedia e em fóruns que certamente os jogadores brasileiros não sabem. E ninguém melhor que você para escrevê-la.
Abraços.