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Wizards of the Coast se enfurece com os PDFs piratas.

wizards-copyA subsidiária da gigante Hasbro surpreendeu seu público hoje ao retirar todos os produtos em PDF cuja a licença lhe pertence (isso inclui todos os antigos livros da TSR). A medida foi tão forte que mesmo os clientes que já compraram livros se encontram no momento prejudicados pela ação, tendo em vista que não podem mais fazer download dos produtos que já adquiriram (geralmente as lojas de PDF deixam que o cliente continue a baixar os livros comprados, tendo em vista que ele pode vir a perde-los por problemas no HD e etc… No caso da Paizo, cada compra dá direito a cinco downloads do mesmo produto). As principais lojas de RPG Online foram acionadas pela Wizards que deu 24 horas para que as mesmas retirassem seus conteúdos do ar.

A empresa declarou que “infelizmente, dados os recentes achados de cópias ilegais e distribuição online de nossos produtos, a Wizards of the Coast decidiu cancelar suas vendas de PDFs Online”. Lembrando que muitos acreditam que a empresa é responsável por 20% da venda de PDFs de RPG.

Além disso, hoje a WotC moveu três ações contra oito réus que seriam responsáveis por uma diminuição dos lucros na venda do PHB II, através de atos de pirataria (no caso, terem colocado o PDF do livro em redes de Free-sharing). O presidente da empresa, Greg Leeds comentou o problema:

“Violações de nossos copyrights e pirataria de nossos produtos não apenas prejudica a saúde financeira da Wizards, mas também de toda comunidade RPGística, incluindo vendedores e jogadores. Nós realizamos esses processos para parar as atividades ilegais destes réus, e para deter futuros compartilhamentos de arquivo não-autorizados e criminosos.”

A Wizards alega que ainda está “buscando opções para a distribuição digital de seu conteúdo”. O grande problema é que essa história soa como mais uma grande burrice da empresa. Ao retirar todo o seu conteúdo online, ela está forçando aqueles que o buscam (principalmente o mais antigo) a usar de meios não lícitos para consegui-lo. Também não vejo necessidade de retirar o material de terceira edição para baixo, já que os mesmos não são mais publicados e não poderiam atrapalhar nas vendas dos livros em papel.

De toda forma esta é uma ação completamente absurda para com aqueles clientes que já haviam comprado o material, e é bom que a empresa encontre uma forma de repor os arquivos digitais dos mesmos caso haja requisição de seus clientes. Fora isso, sou totalmente descrente desta idéia de que a pirataria desestimula a venda. Eu mesmo que compro RPG mensalmente, costumo a avaliar antes os pdfs, mas esse assunto já foi discutido a exaustão por aqui.

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Comentários 21
  1. A ação ao meu ver é a decisão deles é correta, se eles estão com um problema a melhor maneira é repensar o sistema.

    Não existe venda em pdf online de livros (tirando os que estão em domínio público), histórias em quadrinhos, etc. PDF é um documento que não permite, do ponto de vista técnico, qualquer controle ou restrição.

    Sem dúvida ter o material é importante e existem outras alternativas, como por exemplo o sistema da Marvel Comics, pois o público que realmente compra vai continuar comprando num sistema fechado e quem perde são somente aqueles se aproveitam da pirataria.

    1. Po cara, você viajou aqui, a Wizard está tão errada que ela até deu para trás!

      De minha parte, nunca quis nada com a quarta edição mesmo, e elasó faz merda atrás de merda com seu público.

  2. Felipe, eles estão agindo dentro do seu direito de propriedade intelectual mas em possível direta violação do direito do consumidor, que são duas áreas bem apartadas do direito. Não sou especialista em direito americano, mas são princípios que se aplicam em qualquer Estado Democrático de Direito.

    Passamos por uma verdadeira redefinição do paradigma das distribuidoras e editoras, onde seu papel de “atravessadores de conteúdo” é fortemente questionado. Nestes momentos de crise, percebemos mais claramente quais são os valores que pautam a linha de conduta das editoras. No caso da Hasbro, bem, eles não parecem estar muito preocupados com o consumidor que adquiriu legalmente suas obras.

    Pessoalmente, dependendo de como evolua o assunto, penso em não gastar mais um dólar com a empresa.

    Comentando o posto do Camino: Correta não é; se você pagou por um produto e o prazo de entrega é gradual, sob inteira discrição do consumidor, a empresa não pode simplesmente suspender a entrega.

    Ainda, o formato pdf, embora não 100% seguro (e qual o seria?) permite o uso de certificação digital para controle de cópias, sendo utilizado por diversas empresas fora do mundinho do rpg para auditorias e licitações.

    Um grande abraço!

    1. Prazo de entrega gradual é diferente de poder baixar novas cópias :/

      Berzins pelo visto você não entendeu que o pdf com certificação digital não impede a distribuição, somente identifica a origem do arquivoe garante sua autenticidade. O que não resolve nada neste tipo de situação. Se essa sua idéia foi boa a indústria de livros e quadrinhos já teria adotado faz tempo cara. #FAIL

      1. Camino,

        Prazo de entrega gradual é diferente de poder baixar novas cópias :/

        O que não invalida em absolutamente nada o comenario sobre a ilegalidade da companhia em interromper o fornecimento do produto 🙂

        E a possibilidade de baixar novas cópias provavelmente já estava elencada em um click-wrap agreement, que tem valor análogo a um contrato. Como tal, em caso de rescisão unilateral, podem haver sanções ou remédios jurídicos a serem utilizados pelo consumidor lesado. Foi isso a que me referi.

        Camino, sugiro se informar sobre DRM no pdf, que utiliza autenticação de certicados digitais para liberar cópa ou não. Quanto à indústria de quadrinhos, bom, eles nãusam não porque não é seguro mas porque a segurança é cara.

        1. Você sim deveria se informar melhor sobre o DRM em pdfs cara, principalmente quando você propõe como uma solução para um problema tão complexo quanto este. O DRM em pdf já foi quebrado faz tempo e a própria Adobe não está interessada em comprar essa briga com os hackers.

          De que adianta falar por falar?

          1. Tá, então ficamos assim:

            Eu defendo que a solução de DRM é eficaz, especialmente para documentos em ambiente controlado. Defendo que é possível chegarmos a um modelo de distribuição de livros eletrônica viável no aspecto técnico-financeiro. Discordo veementemente da sua afirmação “PDF é um documento que não permite, do ponto de vista técnico, qualquer controle ou restrição

            Você defende que pelo fato de DRM já ter sido quebrado no passado (lembrando que qualquer solução é passivel de aperfeiçoamento) a Adobe “baixou a cabeça” para os “teh haxxorz”…

            Camino, não há falar por falar: Há debate. Mas como parece que os argumentos se esgotaram, lanço uma questão pertinente ao tema da coluna:

            A pirataria desestimula a venda?

            Acho que seria legal ver um artigo desses por aqui, de preferência com uma coluna com a resposta de alguém de uma grande editora para dar o contra-ponto.

            Finis.

            Aquele abraço.

          2. Berzins me desculpa falar assim mas você falou besteira acima de besteira.

            Primeiro que você acha que DRM é eficaz dentro de um ambiente controlado… Ok e onde eu discordei disso? Só disse que a sua solução, e olha que disse educadamente, é uma porcaria. PDF com DRM não funciona na internet e tá provado isso faz tempo, ou então mostra um grande case de sucesso que contradiz isso.

            O problema é não entender uma situação ou “olhar somente o meu lado” como você fez no seu primeiro comentário, onde ingenuamente declarou “Pessoalmente, dependendo de como evolua o assunto, penso em não gastar mais um dólar com a empresa.” Isso não é caridade, é negócios, no final do mês o cara precisa pagar salários e dúvido muito que você trabalhe de graça na sua vida.

            E desde quando você encerra um debate? Só pq seus argumentos são falhos?

    2. Eu já não gastava, essa semana tivemos uma excelente resposta de todas as empresas de RPG, sobre a decisão completamente descabida da Wizards.

      O problema camino, é que essas pessoas compraram um produto, que lhes dizia que poderiam baixa-lo até 10 vezes. A Wizards pecou completamente ao obrigar as lojas a retirarem seus produtos do ar e quebrarem o acordo que os mesmos tinham com seus clientes.

      Se a Wizards está preocupada com o formato pdf (que como observado pelas demais editoras, funciona muito bem e não prejudica suas vendas mesmo com a pirataria dos mesmos), o ideal teria sido lançar um comunicado oficial, estipulando um prazo de alguns meses para que os clientes pudessem baixar seus produtos em um espaço seguro.

      O Fato é, essa questão ainda não foi resolvida, ainda é possível que a Wizards dê para trás, e consiga dar um jeito de enviar seus livros para os clientes lesados pela nova política. O fato é, foi uma decisão ruim e desacertada, que inclusive mobilizou toda a comunidade de rpgistas e editoras a criticar a wizards.

      Sobre a segurança do formato PDF, acredito que ela não seja realmente tão eficaz, mas que a pirataria por enquanto, não tem pertubado tanto a indústria como um todo, tanto que cada vez mais, é maior o número de empresas que publica tão somente para pdf, ou também em pdf. Enquanto a wizards fala mal do formato, a segunda maior empresa de rpg do mundo, declara que ele não só tem rendido bem, como a estimativa é para cada vez mais se utilizar do produto…

  3. Ao meu ver há uma grande hipocrisia hoje em dia entre os consumidores na era pós-Napster.

    Ninguém mais quer pagar nada e ainda reclamam da qualidade dos produtos, não esperem que todo mundo passe a mão na cabeça de vocês. Eu por exemplo não conheço ninguém que compre tudo que pirateia, “aaaa mas eu compro depois”, “eu compro quando é bom”.

    Isso é uma grande mentira…

    1. Hipocrisia e ilegalidade se confundem com direitos civis, e nessa bagunça a grande massa de ignorantes se mistura á ja peculiar cultura brasileira de “cadê meus dereito? (sic)”

      Isso dá muito pano pra manga, passando pela democratização de acesso à cultura, conta que é do governo e nenhuma empresa tem que pegar.

      1. “Hipocrisia e ilegalidade se confundem com direitos civis”

        Só se confundem num patamar amplo, quando você baixa algo ilegal e utiliza de hipocrisia (99% dos casos), há uma grande diferença.

  4. Acho que o melhor exemplo é o da iTunes Store. Quando ninguém acreditava que seria possível legalizar a distribuição de conteúdo audiovisual a Apple provou que todos estavam errados e hoje já passou qualquer vendedor físico de músicas ou filmes.

    E a empresa está obtendo o mesmo tipo de sucesso com a App Store, softwares para iPhone, então a pergunta é pq não existe algo similar na indústria de livros, quadrinhos, revistas, rpg, etc? Simples, como ainda não existe nenhum player que seja eficaz para este tipo de mídia (o Kindle só le texto), não há interesse de uma grande empresa em criar um produto adequado. A sony vêm fazendo progressos faz anos com os leitores, mas sem dúvida ainda não é possível vender um leitor colorido e leve por um preço acessível.

    Um dia sem dúvida teremos uma boa solução como aconteceu com a música, mas por enquanto ao meu ver o melhor é cada fornecedor garantir a proteção do seu conteúdo da maneira que achar melhor. Pena que ninguém consegue entender isso :/ Há tempos que a indústria especula um iTunes para esse tipo de mídia, mas por enquanto não há nada no horizonte.

    Saindo da esfera do RPG, vale a pena dizer que mesmo uma grande empresa como a DC Comics não conseguiu uma solução eficaz e a Marvel ainda pena para levar o público ao seu sistema mensal de assinatura.

  5. O problema é que RPG já encheu o saco. Não aguento mais ver um novo volume de Vampiro, D&D ou qualquer coisa nova que lancem. O único RPG que ainda uso é o velho e bom GURPS, feio, tosco, mas que serve pra fazer uma fichinha básica e jogar suas próprias histórias. Comprar ou baixar RPG virou um atraso de vida pra mim. prefiro criar a partir do nada e usar o Gurps só para uma orientação geral.

  6. Isso merecia um artigo próprio, mas vou postar aqui:

    A Steve Jackson Games, aproveitando o anúncio de inteligência duvidosa da WotC, resolveu tirar um sarro neles no Twitter. Acompanhe:

    http://twitter.com/SJGames/status/1470115668

    Minha opinião: a WotC tem todo o direito de processar os culpados, assim como de não vender seus livros em .pdf Se ela não o fizer, alguém compra o livro e escaneia e coloca na internet. Simples assim.

    O que aconteceu só machuca a imagem da empresa para com aqueles que comprar os .pdfs e respeitam a legalidade dos produtos. Se nem softwares de pc, com suas diversas proteções, podem ser controlados seguramente, quem dirá livros…

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