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Nostalgia dá o tom da volta de “Arquivo X”

Ninguém tinha a menor dúvida que o retorno de “Arquivo X” à TV, exibido aqui pela Fox, viria adornado por um clima de nostalgia. Quatorze anos após o cancelamento da série, um dos maiores fenômenos pop dos anos 1990, os investigadores do FBI de casos paranormais sem solução estão de volta com a dupla original Dana Scully (Gillian Anderson) e Fox Mulder (David Duchovny). Nas últimas temporadas da série regular, era John Doggett (Robert Patrick) que fazia par com a agente Scully, após a saída de Duchovny. Os números de audiência descendentes empurraram a série para o final.

O revival da criação de Chris Carter, é, na verdade, uma mini temporada composta por seis episódios dos quais dois foram exibidos na sequência. Como em todo reboot, espera-se  algo que, mesmo não sendo perfeito, pelo menos respeite o legado deixado pela obra original. E é exatamente isso que o novo “Arquivo X” entregou. Ainda não sabemos o que vem pela frente, mas a julgar pelo que foi visto, não haverá grandes ousadias na narrativa ou na trajetória dos personagens.

No piloto, somos reintroduzidos ao universo “The X-Files” e se reúne Agente Mulder com Dana Scully depois do colapso do seu relacionamento depois de Mulder estar comprometido com uma apresentadora de TV. Mulder proclama novas evidências de que as abduções alienígenas tenham sido falsificadas. Já no segundo episódio, Um cientista que trabalha para o DOD comete suicídio. Mulder e Scully iniciar uma investigação para descobrir somente um experimento secreto mutação.

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O que vemos é Mulder e Scully mais maduros e, de certa forma brincando com isso – em um momento do segundo episódio, quando Scully traz uma informação levantada, ela diz “sou da era pré-Google”. É interessante notar como a tradicional incredulidade da agente se arrefeceu depois de toda a experiência que teve. Se bem que nas últimas temporadas da serie clássica (8ª e 9ª) isso já era visível, quando fazia o contraponto ao novo parceiro Doggett, o cético da vez. Mas é interessante observar a simetria de sua dinâmica com Mulder.

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A impressão que fica é que, por enquanto, a composição de Scully por Anderson é a mais consistente da dupla, no sentido de ser um produto dos eventos vistos há 14 anos. A produção, claro, apresentou um salto em relação ao original, afinal, hoje o orçamento de uma série de TV é muito maior do que há 20 anos. Mas, apesar do formato wide e da fotografia caprichada, ainda pode ser sentido o clima de ficção b que sempre permeou o seriado.

A princípio, esse retorno de Arquivo X seria apenas o início de algo maior. Um possível spin-off protagonizado pelos personagens Miles e Einstein, ambos agentes do FBI que já integram o universo da série, estaria para ser produzido, mas Carter não confirmou o rumor. Mas o que os fãs querem mesmo é uma temporada com duração regular (23, 24 episódios). Agora é conferir os próximos episódios

Leia também: 10 episódios essenciais de Arquivo X

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