Teatro

Cena de teatrokê do Nucleo 184 diretamente do MOTIN

Compartilhe &media=" rel="nofollow"> &title=Cena%20de%20teatrok%C3%AA%20do%20Nucleo%20184%20diretamente%20do%20MOTIN" rel="nofollow"> &name=Cena%20de%20teatrok%C3%AA%20do%20Nucleo%20184%20diretamente%20do%20MOTIN" rel="nofollow">

Um divã no centro do palco, o analista é o ator e o analisado é do público.

A platéia se reconhece nas falas do analisado e tem admiração pelo analista.

O preconcebido dilálogo, que minutos antes de entrar em cena ouvem do espectador sobre ele mesmo, usa um ponto.

O ator que faz o analista é um provocador, que faz uso do quase espontâneo para adquirir consistência do seu discurso preestabelecido.

A despretensão da pessoa do público ganha substância teatral ao interagir com o analista e sua soberba de ator, que faz da forma do teatro o valor artístico do si mesmo.

O deslocamento de um espectador para o palco não o faz artista como o mictório de Duchamp no museu.

O teatrokê é um experimento que usa o cidadão comum para dar a leitura, o reconhecimento do trabalho do ator na defesa e ataque de questões que o cidadão comum se encontra em outra luta, por outros direitos que não uma licença para examinar uma testemunha nesta encenação.

O conteúdo adquirido da encenação, se faz pela idéia e execução e a questão artística tampouco é material psicanalítico.

Enquanto analista, o ator sabe de seu ofício, contendo a diferença do trabalho de quem representa. Enquanto ator, a partir de si mesmo, observa, escolhe e constrói seu personagem.

Enquanto si mesmo, talvez precise de um analista para dissociar arte e vida.

O espectador, na experiência do teatrokê, representa o público no diálogo com o analista, analisado vem desejar pertencimento nas artes, o qual não há.
No palco, seu discurso é do cidadão comum que quer desmistificar o artista de sua arrogância.

O cidadão na interação com o ator, analista e analisado, adquire persona que podem ser vista no cotidiano, a imagem que construímos de nós, barganhamos nosso espaço, ambicionamos um reflexo e ousamos alguma destruição para estado de guerra de validade do discurso.

O limite do fazer-se ouvir e ser ouvido dentro do teatro está na direção de trás para frente.
Na psicanálise é ouvir a si próprio.

MOTIN – Mostra de Teatro Independente – Facebook

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Sugeridos
AgendaModaTeatro

“Terras de Águas e Cazumbas”

A Clarin Cia. de Dança, sob direção do maranhense Kelson Barros, está...

AgendaTeatro

Hereditária no Centro Coreográfico da Cidade do Rio de Janeiro

“Hereditária” encerra a temporada no circuito de teatros e arenas do município com...

AgendaTeatro

“Cachorro” estreia na Sede da Cia. dos Atores

Inspirado no universo de Nelson Rodrigues, o espetáculo “Cachorro!”, de Jô Bilac,...

AgendaTeatro

Solo para Sarah Bernhardt em temporada gratuita na Biblioteca Mário de Andrade

No palco, uma profunda reflexão sobre o legado da icônica atriz Sarah...

AgendaTeatro

“Carvão” estreia no Sesc Consolação

A Cia. Sansacroma estreia o espetáculo “Carvão” entre os dias 10 e...

AgendaTeatro

Dora de Assis estreia “Na Quinta Dor” no Centro Cultural da Justiça Federal

A experiência de quase morte é o ponto de partida de “Na...

AgendaTeatro

Eu, Estatística faz protesto cênico

Num palco cru, com apenas um microfone, molduras vazias, luz âmbar e...

AgendaTeatro

São Paulo ganha novo espaço cultural com a inauguração do Teatroiquè

A cidade de São Paulo celebra, a partir de 11 de julho...

AgendaInfantilTeatro

Mais de 30 ações artísticas e culturais na Zona Norte de São Paulo

O grupo Refinaria Teatral e a Cooperativa Paulista de Teatral realizarão uma...

AgendaTeatro

Herson Capri e Caio Blat voltam em cartaz com Memórias do Vinho

Os atores Herson Capri e Caio Blat interpretam pai e filho em...