Teatro

“Dissecar Uma Nevasca”, de Sara Strindberg

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Entre o sonho e a realidade, o meandro da nevasca dissecada é a montagem de um peça de teatro em camadas de humanidade se desprendem para atingir o centro da menina-rei, tal paradoxo na história da Rainha Cristina da Suécia (1626-1689).

Evidencia um estado violento pela qual a menina individualmente destituirá-se, neste aparelho que a sociedade, enquanto indivíduos, estão inseridos numa máquina operante.

É uma menina-rei que sua brincadeira é ser uma totalitária no poder conferido.

A morte do pai e a fuga de sua madrasta, viúva que fica com o coração gelado em mãos; simbolicamente conforme o discurso da peça, ela que o ama mesmo em sua morte, mesmo quando vivo, distante e frio.

A menina tem um amor vivido com uma mulher que é doce, carinhosa e bem feminina, que lhe poẽ no colo e conta histórias bonitas e semelhantes ao onírico.

Mas seu papel na corte é ser rígida para manter a ordem, mas seu desenvolvimento de menina-rei é um pouco descompensado conforme a observação de um funcionário da corte que determina ela ser uma perdulária.

Ela tem interesse por leitura, por mulher e as exigências que a fazem ficar com um desejo de vir-a-ser homem.

O matrimônio é uma tradição que ela se esquiva a cada pretendente, ela quer caçar na floresta.

Mas no seu enrijecimento frente propostas de casamento das quais sua mãe se preocupa com a delicadeza da menina, de seu jeito inofensivo que toda essa armadura é um equívoco.

Sua mãe diz que ela precisa de um marido para cuidar dela.

Ela tem um pretendente que se ajoelha a seus pés, lhe promete paz, tranquilidade e que ela não precisasse mais pensar, enquanto ela sente suas costas quentes, um contorcimento, ela confia a si uma decisão de ser a menina-rei.

Ela não se fixa num gênero, o que faz o filósofo aparecer: teria que a sociedade se adaptar ao que não se define a masculino ou feminino ? O sopro de uma mãe amorosa: novo que fará as pessoas se adaptarem?

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Serviço

Espetáculo: Dissecar uma Nevasca
Texto: Sara Stridsberg
Tradução: Bim de Verdier e Nestor Correia
Direção: Bim de Verdier
Elenco: Andre Guerreiro, Bim de Verdier, Daniel Costa, Daniel Ortega, Nicole Cordery, Renato Caldas e Rita Grillo.
Cenografia: Birgitta Hallerström Wallin
Figurinos: Birgitta Hallerström Wallin e Lena Hellesöy Annell
Iluminação e técnica: Birgitta Hallerström Wallin e Tobias Hallgren
Composição, trilha sonora, música eletrônica e outros instrumentos: Leo Correia de Verdier. Violino: Sara Parkman. Vídeo arte: Eva Koch e outros artistas
Videoartista making of Brasil-Suécia: Flavio Barollo.
Adereços e Assistente de Cenografia: Eliseu Weide
Maquiagem e Cabelo: Dhiego Durso
Assistência de Direção: Rita Grillo / Malú Bazán
Preparação Corporal: Fuji Hoffmann / Vitor Vieira
Operação de Áudio, Vídeo e Luz: Igor Sane.
Duração: 120 minutos

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