Não é segredo para ninguém que desde que o enigmático Gil Grisson (William Petersen) deixou o seriado na 9º Temporada para ficar apenas nos bastidores, o seriado perdeu seu charme. Para tentar amenizar isso os criadores decidiram apostar em Lawrence Fishburne para “tapar” o buraco que ficou no elenco. Não deu certo. Por melhor que ele seja, não se entrosou bem no seriado e o rumo que foi dado ao personagem fugiu completamente aos padrões da série, parecendo que eles não tinham mais opções.
Ao final da 11º Temporada Langston (Fishburne) tomava as rédeas do seriado, que despencou vertiginosamente, para si. Ele foi as vias de fato com o serial killer Haskell (Bill Irwin), enquanto todo o departamento encobria seus atos. A então supervisora Willows (Marg Helgenberger) fica em maus lençois, pois seu próprio time não lhe dá a mínima. Um final sem jeito de final é arranjado e pronto.
No início da 12º Temporada as coisas voltam ao seu normal. Não há menor sinal de Langston que aparentemente voltou as boas com a esposa e estão morando bem longe de Las Vegas. Nick (George Eads) tirou férias forçadas e volta para o Laboratório bem no meio de um caso curioso em que um tiroteio sem sentido, deixa dois mortos e muitas evidências contraditórias. Ao chegar ao local do crime, Nick se depara com um homem deitado em meio aos corpos. Sara (Jorja Fox) sorri e sai do local, eis que ele conhece seu novo supervisor D.B Russell (Ted Danson), um veterano de métodos peculiares e com um humor bastante afiado.
O que eles não sabem é que DB tem uma tarefa árdua e que irá mexer bastante com o departamento. Além dele, temos um novo membro, Morgan (Elizabeth Harnois), filha de Ecklie (Marc Vann) quer se juntar aos CSI em Las Vegas. Apesar de estranharem bastante o novo supervisor, logo a equipe vê o quão eficaz seus métodos estranhos são e aceitam aos poucos a mudança. Enquanto isso, Catherine e Nick precisam entender o que aconteceu durante o caso do Langston e como ficará a posição deles no departamento.
Não há como comparar Ted Danson com Lawrence Fishburne, mas creio que essa aposta vai se mostrar mais certa. Danson tem um tipo que se adequa mais ao seriado, talvez por estar mais acostumado com a televisão do que Fishburne. Esse primeiro episódio conseguiu voltar mais ou menos para como era nos bons tempos de CSI, com intrigas e suspense, mesmo tudo se passando dentro do laboratório. O foco voltou a ser dividido entre todo o elenco e não mais concentrado apenas em um personagem como estava, o que melhora bastante o rendimento da série.
Dessa forma, os arcos são menores e as histórias não levam muito tempo para serem finalizadas, já que a marca registrada da franquia de CSI é justamente cada episódio ser uma história que se estende, no máximo, por mais dois ou três. Mais do que isso, tudo torna-se muito maçante, pois o legal, que são as investigações, acabam ficando em segundo plano.
Agora é acompanhar e ver como esse supervisor vai se sair e qual é sua tarefa verdadeira no departamento.
[xrr rating=4/5]
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