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Excepcional e intrigante, assim é "Orphan Black"

Seriados sci-fi são extremamente complicados pois dependem muito da abordagem do tema para o público e como fica essa apresentação. Se ele (o tema) for muito complicado, provável que o espectador perca logo o interesse por não conseguir acompanhar. Se for muito banal, perde credibilidade e o espectador também para de acompanhar. O diferencial está em conseguir apresentar bons argumentos científicos misturados com algumas doses de drama, suspense e ação. Assim como é “Orphan Black”.

Sarah Manning (Tatiana Maslany) é uma garota confusa que tem um passado bem conturbado. Ao andar sozinha em uma estação de trem, ela nota que há outra mulher com ela na passarela que não parece nada bem. A mulher tira os sapatos e deixa a bolsa no chão. Sarah se aproxima e quando ela vira as duas são idênticas. A mulher vai e se joga no trilho, morrendo no ato. Assustada com a aproximação dos guardas, Sarah pega a bolsa da mulher e sai correndo. Ao encontrar um lugar seguro, ela liga para seu meio-irmão Felix (Jordan Gavaris) e pede para ir encontrá-la num pub. Felix se assusta pois fazem 10 meses que ela tinha sumido do mapa. Quando se encontram ela conta o que acabou de presenciar e mostra a identidade da mulher para o irmão, que também fica alarmado. Por terem sido adotados, será que Sarah tinha uma irmã gêmea e nunca soube?

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Ela demonstra não se interessar muito no assunto e afirma que agora que está de volta, quer recuperar a guarda de sua filha. Decidida, ela marcha até o apartamento da mulher, Beth, e num plano louco, arquitetado junto com Felix, resolve que vai assumir a identidade da falecida para assim ter acesso a conta no banco e poder reaver sua filha e ela e Felix, fugirem dali. O que ela não esperava é que Beth era uma detetive e ao assumir sua identidade, muita coisa virá a tona. Principalmente quando outras, iguais a ela começam a procurá-la.

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“Orphan Black” é uma daquelas séries que você só vai sossegar quando chegar ao final dela. A cada episódio, mais respostas vão aparecendo, o que leva a mais mistérios e assim por diante. O drama e suspense é tão grande, que a temática sci-fi fica em segundo plano, o que foi uma sábia escolha pois estamos lidando com clonagem, um tópico delicado e bastante controverso. Graeme MansonJohn Fawcett os criadores da série e também responsáveis pela direção e roteiro acertaram ao optar por focar mais no drama dos clones do que na causa em si. Sarah, Beth, Alison, Cosima, Natasha e Helena, todas interpretadas pela atriz Tatiana Maslany, são clones que desconhecem sua origem, mas sabem que alguém está atrás delas para eliminá-las. Sarah foi a típica adolescente problemática, que agora na fase adulta, precisa encarar de frente seus problemas. Alison é a mãe suburbana que vive para os filhos e o marido. Cosima é a nerd, estudante de ciência, que está investigando sobre o passado de todas.

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Com um elenco bem reduzido, Maslany é um assombro, pois interpreta todas essas personagens e as faz tão bem, que cada uma possui jeitos, manias, modos de falar e características próprias. Tudo isso com a ajuda de um ótimo figurino e maquiagem, é claro. Outra ótima atuação é a do ator Jordan Gavaris que faz o hilário Felix. Ele possui excelentes tiradas e é a voz da razão muitas vezes, apontando fatos que provavelmente seria a mesma coisa que um espectador diria.

Com uma temporada inicial de apenas 10 episódios, “Orphan Black”, já teve renovação e a 2º temporada estréia em Abril. E devido ao enorme sucesso que tem feito o canal a cabo BBC HD começa a transmiti-la hoje (05/01), às 22h da noite, seguido pelo serviço de streaming Netflix que adiquiriu também os direitos e terá a série na íntegra em sua grade a partir do dia 06 de Janeiro.

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