Este artigo contém SPOILERS.
The Big Bang Theory S03E21 ~ S03E22 (Season Finale)
Durante toda essa temporada de TBBT eu questionei os argumentos do roteiro proposto neste novo ano, principalmente no que concerne o relacionamento amoroso de Leonard e Penny. Os personagens iniciaram uma jornada de evolução, escalando os obstáculos impostos pela sociedade rumo à aceitação do comum. Ironicamente, a metáfora expressa hoje a visão da própria sociedade para com o nerd. Talvez porque este já esteja conseguindo desempenhar um papel como todos os demais dentro de um contexto social, ou porque o consciente coletivo soube aceitar tais excentricidades, não sei dizer. Se tivesse que apostar, diria que estes dois fatores geram harmoniosamente o resultado que temos hoje. Geraram também, The Big Bang Theory.
O vigésimo primeiro episódio veio para mudar minha visão sobre a série. Neste tivemos um capítulo flashback que serviu para explicar como Leonard e Sheldon – principalmente, mas, sobretudo todos os demais -, se conheceram. As referências ao universo nerd que eu tanto criticava de estarem sendo perdidas, voltaram. Em especial, à SENSACIONAL entrevista que Sheldon fazia a cada candidato à roommate dele, o que acabou por conceber uma das mais geniais piadas sobre viagem no tempo que eu já vi. Todo o ritmo do episódio e as explicações que ajudam a manter a mitologia sobre a vida dos personagens viva (como o porquê do elevador estar quebrado) foram muito bem executados e bem vindos. Um crescimento na hora certa, que antecedeu outro episódio sensacional.
O último veio sacramentar a visão dos nerds nos olhos do leigo na atualidade, o que já comentei acima. Demorou, mas enfim eu entendi qual o sentido de haver uma tentativa constante de inserir elementos de relacionamento amoroso em uma série cuja graça é a extrapolação do comportamento desta “tribo” (não gosto muito desta palavra para designar um grupo social, mas enfim) antes desprezada pela sociedade. O romance é sem dúvida o maior desafio na vida de um nerd, e colocar personagens dentro deste estereótipos em situações que exige romance é o jeito de dizer que este grupo evoluiu. Não gosto muito da idéia de estereotipar para classificar certo comportamento, principalmente no que diz respeito à pessoas, mas este é o resultado. A mensagem que consegui captar é justamente essa. O season finale retratou o quão confuso ainda está Leonard com seu fim de relacionamento, a evolução da própria Penny – que não suporta mais sair com homens estupidamente bem apessoados -, os diálogos sempre inteligentes, as referências científicas (que voltaram desde o episódio passado), mas, acima de tudo, o novíssimo elemento que foi inserido: Uma namorada para Sheldon. Será mesmo? Isso irá se desenvolver? Assim como a série, me reservarei ao direito de responder essa pergunta apenas na próxima temporada.
Two and a Half Men S07E21 ~ S07E22 (Season Finale)
Seguindo o exemplo de The Big Bang Theory, Chuck Lorre não me decepcionou. O 21º episódio explorou mais uma vez as interações entre pai e filho de Alan e Jake e a tentativa de superação do fim do relacionamento de Charlie com Chelsea. O plot girou em torno de uma viagem que Alan deveria fazer até a capital da Califórnia, Sacramento, para buscar um relógio que ele herdara. Como companhia levou Jake. Neste episódio já conseguimos perceber um leve crescimento na utilização de Jake no enredo. Sua aparição foi satisfatória e de certa forma conseguiu suprir a falta do auge de suas performances no programa (3ª e 4ª temporadas). Em Malibu Charlie sofria de insônia o que acaba o obrigando à procurar ajuda “médica”. Com seu farmacêutico consegue uma receita para utilizar maconha, e é aí que tudo começa a ficar mais interessante. Ao usar a droga em companhia de Berta (quem mais?), Charlie começou a vislumbrar todas as suas ex-mulheres em cenas simplesmente épicas. Ao fim, presenciamos um retorno de Rose (não sei se definitivo) com um fechamento simplesmente sensacional. Um bom episódio, um dos melhores da temporada eu diria.
O capítulo final começa com Jake e Charlie dentro do carro. Depois de um conselho nada responsável, Jake avança um sinal em alta-velocidade e faz com que Charlie perca sua licença. Sendo assim, o rapaz torna-se motorista do tio. É interessante atentarmos para o nível de cara de pau à que Alan chegou. Antes, quando Charlie deixava claro sua tremenda insatisfação com a presença do irmão em sua casa, Alan se mostrava extremamente incomodado e revoltado. Hoje, ele apenas ri. Simplesmente não está nem aí, achei isso sensacional. O próprio Alan, a propósito, foi o único convidado para a festa de aniversário de Chelsea. Vemos que a moça não superou o término de seu relacionamento, a exemplo de Charlie. Acredito, inclusive, que tenha ficado muito claro que ambos reatarão na temporada seguinte. O clímax do episódio vem quando Charlie decide levar um presente de aniversário para sua ex-noiva. Ele, não tendo coragem de aparecer na festa, envia Jake. O ato singelo faz Chelsea se emocionar, e ela resolve dar um passeio com seu cão; no momento em que Charlie percebe seu caminhar, acelera o carro e bate em uma viatura da polícia. Algemado e jogado contra o capô de sua Mercedes, eles se reencontram. O vagabundo sorri e diz: “Feliz aniversário”. Simplesmente fantástico!
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O riso acabou por enquanto. Nos vemos no sangue semana que vem com a estréia da 3ª temporada de True Blood! Até lá! 😀
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